São Paulo, terça-feira, 3 de outubro de 1995
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Colégios oferecem serviço comunitário

Centros atendem pessoas carentes

FERNANDO ROSSETTI
DA REPORTAGEM LOCAL

A idéia de escolas particulares contribuírem com o ensino público existe desde meados do século, mas são poucos os projetos que duram.
O Colégio Santa Cruz, do Alto de Pinheiros (zona oeste de São Paulo), embora reúna estudantes da elite paulistana, tem se destacado desde os anos 60 pelo seu trabalho com cursos supletivos para pessoas de baixa renda.
Hoje, sua mantenedora, a Congregação Santa Cruz (de padres canadenses), tem três centros comunitários na favela Vila Nova Jaguaré (zona oeste).
A pedido dos moradores, dois desses centros oferecem programas de pré-alfabetização para que crianças da favela cheguem à escola pública melhor formadas - diminuindo a repetência e evasão nas primeiras séries.
A formação do pessoal dos centros é feita por professores do Santa Cruz. Marília Mattos Morello - diretora da 1ª à 4ª séries - trabalha semanalmente com as professoras do centro, apresentando assuntos que vão da história da educação à teoria do construtivismo - sobre aprendizagem da leitura-escrita.
Outra escola cuja mantenedora constrói centros comunitários em regiões pobres é a Nossa Senhora das Graças, mais conhecida no Itaim (zona sul) como Gracinha.
“Estamos construindo o quarto centro, chamado Colibri, em Embu (Grande São Paulo)”, diz Laura Souza Pinto, que faz a ligação entre a mantenedora “Sociedade Pela Família”, o Gracinha e os centros.
Uma das atividades dos alunos da 3.ª série do 3.º colegial do Gracinha - que pagam R$ 470 de mensalidade - é fazer trabalhos nesses centros, conta o diretor da escola Eduardo Roberto da Silva.
Além desses casos de investimento direto em educação de população de baixa renda, há colégios - como a Escola da Vila e a Vera Cruz (ambas na zona oeste) - que oferecem cursos de formação para professores de escolas públicas.
(FR)

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