São Paulo, terça-feira, 3 de outubro de 1995
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Projeto une escola pública e particular em São Paulo

FERNANDO ROSSETTI
DA REPORTAGEM LOCAL

Cerca de dez escolas particulares do Estado de São Paulo começam, até o final do ano, um programa de parceria com escolas públicas para oferecer ensino supletivo a populações carentes.
"A idéia é um colégio particular patrocinar uma escola pública que queira montar uma telesala de ensino supletivo, afirma Fernando Antônio Carvalho de Souza, 47, diretor da Escola Ápice -que vai "adotar uma escola em Pindamonhangaba (140 km a nordeste de São Paulo).
O programa está sendo promovido pelo Grupo-Associação de Escolas Particulares, sindicato que reúne 53 estabelecimentos privados de ensino no Estado, em conjunto com a Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) e a Fundação Roberto Marinho.
É semelhante ao programa promovido desde agosto pela Secretaria de Estado da Educação -que vai custear o funcionamento de cem telesalas, em escolas que receberão da Fiesp antena parabólica, televisão e vídeo, e, da Fundação Roberto Marinho, todo o material do "Telecurso 2000.
O "Telecurso 2000 é um programa de supletivo à distância -transmitido pela TV, mas que pode ser distribuído em fitas de vídeo-, que cobre 1º e 2º graus.
No caso do programa do Grupo, em vez de o Estado custear a manutenção das telesalas, serão as escolas particulares que farão isso.
Cada telesala terá a capacidade para 50 a 100 alunos -com mais de 18 anos-, que desenvolverão seus estudos em ritmo individual, sob a tutela de um professor.
O Colégio Mater Dei (zona sul de São Paulo), por exemplo, discute a instalação de uma telesala com a EEPG (Escola Estadual de Primeiro Grau) Ludovina Credidio Peixoto, sua quase vizinha.
``Essa é uma porta de entrada para uma parceria maior com a escola pública", afirma o diretor do Mater Dei e presidente do Grupo, Sylvio Gomide, 42.
Em Itu (92 km a noroeste de São Paulo), o Colégio Terras de São José custeará a telesala da EEPG Dr. Cesário Motta. O diretor do colégio, Luiz Roberto da Silveira Castro, calcula que gastará de R$ 500 a R$ 1.000 por mês.
``Um dos nossos objetivos é conseguir parceiros para nossas escolas. Só com a união dos esforços dá para melhorar a rede pública", afirma Maria Zilda Cesarotto, delegada de ensino da região de Itu.
Também participam do programa as escolas particulares Lourenço Castanho -que "adotará a EEPG Martin Filho-, Augusto Laranja, Nossa Senhora das Graças (leia texto ao lado) e a Organização Sorocabana de Ensino.
Quando reunir dez escolas, o Grupo formalizará um convênio com a Secretaria da Educação e com a Fiesp -que doa os aparelhos, no valor de cerca de R$ 700.

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