São Paulo, terça-feira, 3 de outubro de 1995 |
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PM começa distribuição oficial de senhas no Consulado Americano
DA REPORTAGEM LOCAL A Polícia Militar começou ontem oficialmente a distribuição de senhas para pessoas que vão ao Consulado Americano, nos Jardins (zona oeste), em busca de um visto de entrada nos Estados Unidos. O trabalho estava em fase experimental na semana passada.Os 800 bilhetes diários mudam de cor a cada dia e só são entregues àqueles que têm o passaporte em mãos. Parentes comprovados (mediante apresentação de documentos) também conseguem. Office boys têm de levar carteira de trabalho ou contracheque, provando que estão na fila a serviço do chefe ou da empresa. Três policiais anotam o número do passaporte na senha e entregam ao solicitante, que deve voltar na manhã seguinte (às 7h) e entrar com o pedido de visto. Os ficaram sem senha têm de voltar no dia seguinte para tentar conseguir uma. Despachantes e agências de turismo cadastrados continuam com atendimento especial, às 11h. ``O objetivo é acabar com a fila durante a madrugada. As reclamações dos moradores eram cada vez maiores", disse o capitão da PM José Everardo da Silva, 45. Ontem, enquanto distribuía senhas, ele dizia: ``Podem fazer a fila que quiserem, mas de dia. À noite, vou usar bombeiros para espantar todo mundo com água". Silva contou que três pessoas não pegaram a senha porque os números do passaporte e do bilhete não batiam. ``Compraram senha de terceiros. Perderam o dinheiro e tiveram de voltar para a fila." A distribuição de senhas é por tempo indeterminado e começa sempre às 14h. É o mesmo horário em que os pretendentes a visto devem voltar para retirar o passaporte já carimbado. Com isso, duas filas agora disputam a mesma calçada da rua Padre João Manoel, onde fica o consulado. A executiva Rosalva Agrela aprovou o sistema. ``Está mais racional, civilizado. Já havia vindo duas vezes e não consegui ser atendida. Hoje (ontem) cheguei às 11h, munida de cobertor e cadeirinha. Estava disposta a passar a madrugada", disse. O mais desolado era o empresário Alexandre Beato, 22. As senhas acabaram bem na sua vez. ``Estou passagem comprada. Amanhã (hoje), antes do meio dia estarei aqui", disse. Texto Anterior: Ação questiona Telebrasília Próximo Texto: Maior custo de empresas pode elevar tarifa de ônibus em SP Índice |
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