São Paulo, terça-feira, 3 de outubro de 1995
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Ação questiona Telebrasília

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A Telebrasília, estatal responsável pelo sistema de telefones em Brasília, será acionada pela Procuradoria de Defesa do Consumidor para explicar a existência de ``reservas" para a venda de linhas de telefones celulares.
O presidente da empresa, Hassam Gebrim, disse que foram reservadas 4.000 linhas ``para autoridades e empresas".
``Se ele falou isso (que reservou 4.000 linhas), ótimo. Confessou um crime cuja pena prevista é de reclusão de até cinco anos", disse o promotor Antonio Ezequiel Neto, da procuradoria.
Segundo o promotor, a lei obriga as empresas a colocar à venda todo o seu estoque e as impede de fazer diferenciações entre os clientes.
No sábado passado, o sistema telefônico de Brasília emudeceu devido ao congestionamento causado na disputa por 19 mil linhas de celulares colocadas à venda para o público "comum.
A procura pelas linhas sobrecarregou o sistema de Brasília. A espera para conseguir uma linha chegou a até dez minutos.
Os consumidores se enfureceram, quebraram vidraças de agências da Telebrasília, interditaram ruas e tentaram invadir o prédio da empresa.
Em outubro de 94, a empresa vendeu mil linhas para o público "especial sem ter aberto campanhas públicas de venda. A polícia investiga o caso.
Gebrim diz que tudo é normal. ``Podemos fazer a venda dessas reservas técnicas, a Telebrasília não tem nada para esconder", disse.
A promotoria tentará anular a venda dos celulares. O promotor Neto disse que processará Gebrim.
A Telebrasília só vai se pronunciar sobre as acusações do promotor depois que for citada formalmente pela Justiça.

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