São Paulo, terça-feira, 3 de outubro de 1995 |
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Friday's abre 1º restaurante no Brasil
SUZANA BARELLI
O restaurante, localizado na zona sul de São Paulo, traz um novo conceito de alimentação no país, o ``casual dining", no qual descontração e divertimento estão aliados a comidas e a bebidas. ``A loja mescla o restaurante e o bar com a descontração. Um funcionário, por exemplo, pode fazer malabarismos enquanto prepara um drink. Tudo para envolver e divertir o cliente", diz Sérgio Facchini, sócio do empreendimento. Marcos Gouvêa, consultor de varejo e sócio da Friday's, diz que o ``casual dining" foi identificado como um novo nicho da alimentação ainda não existente no Brasil. Gouvêa afirma que a loja não é um ``fast-food", como McDonald's ou Arby's. No mundo, seus principais concorrentes são a Red Lobster e a Houlighan's, ainda desconhecidos dos brasileiros. Pesquisa Segundo Gouvêa, pesquisa de sua empresa de consultoria baseada em dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) mostra que entre os gastos dos brasileiros com consumo, 32% são com alimentação. E, deste total, 28% são com comida fora de casa. Essa porcentagem, ainda segundo a pesquisa, tem crescido nos últimos anos. Um exemplo desse potencial, diz Andy Simpson, diretor de operações da Friday's para a América Latina, é que a rede está inaugurando, neste ano, uma loja por semana no mundo. Já tem restaurantes abertos em 19 países e contratos assinados em outros 55. A loja brasileira é a 353ª da rede, fundada em 1965 e que deve faturar US$ 1 bilhão em 1995. A Friday's pertence ao grupo norte-americano Carlson Companies. Na América Latina serão abertos, até o final do ano, três restaurantes além do brasileiro. No começo de 1996 será inaugurada a primeira loja argentina. ``Nosso objetivo é atuar nos maiores continentes e o Brasil é certamente um bom mercado", diz Simpson. As negociações brasileiras com a Friday's demoraram cerca de um ano. O contrato prevê a inauguração de 25 lojas no país (três até 1997 e, depois, duas lojas novas por ano). Facchini conta que os sócios devem ter 51% do capital de cada restaurante e ser responsáveis por sua operação. Ele diz ainda que os três sócios brasileiros formaram a empresa HDQ e se associaram a dez investidores individuais para bancar a primeira loja paulista. As próximas lojas, diz o empreendedor, certamente contarão com a participação financeira de fundos de pensão. A segunda loja brasileira, também orçada em US$ 1,5 milhão, deve ser inaugurada no início de 1996, nos Jardins (bairro da zona sul paulistana). Toda a decoração e material de cozinha foram importados dos Estados Unidos. Sexta-feira Gouvêa conta que a loja deve atender às classes A e B, com público entre 20 e 45 anos, principalmente. O prato mais caro, um salmão, custa R$ 15,80. Para fazer jus ao nome (em português, Obrigado, Deus, hoje é sexta-feira), toda 0h de sexta-feira haverá um ``happening" no local, como malabarismos, shows etc. Para treinar os 120 funcionários da Friday's brasileira e ensinar os malabarismos e as noções de atendimento aos clientes com descontração, 15 funcionários das lojas norte-americanas vieram ao Brasil. Os gerentes brasileiros passaram seis meses nos Estados Unidos em treinamento. No mês que vem, vai acontecer uma competição entre os funcionários de todas as Friday's. Texto Anterior: Prejuízo da Mercedes é de R$ 58 mi Próximo Texto: Scania lança um ônibus de dois andares Índice |
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