São Paulo, terça-feira, 3 de outubro de 1995
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Prejuízo da Mercedes é de R$ 58 mi

DA FOLHA ABCD

A greve dos funcionários da Mercedes-Benz em São Bernardo do Campo (Grande São Paulo), que completou ontem oito dias, já resultou em um prejuízo de cerca de R$ 58 milhões.
A estimativa foi feita pela Folha com base no preço médio dos veículos produzidos pela Mercedes, que é de R$ 60 mil por unidade.
A greve teve início no último dia 26, após a empresa demitir 1.282 dos 12.500 funcionários de São Bernardo. Em Campinas, foram dispensados 450 dos 3.900 trabalhadores.
A fábrica da Mercedes em São Bernardo produz por dia 163 veículos, entre caminhões leves, pesados e semipesados, além de chassis de ônibus.
Desde o começo da greve, deixaram de ser fabricados 978 caminhões, o correspondente a seis dias úteis de produção. O número foi confirmado pela direção da empresa.
A assessoria de imprensa informou que o prejuízo pode ser medido somente pela produção. Em valores, a empresa não tem nenhuma estimativa.
"É um prejuízo muito grande, que poderia ser revertido em benefício dos trabalhadores", disse o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABCD, Heiguiberto Guiba Della Bella Navarro.
Hoje pela manhã, os funcionários fazem nova assembléia para decidir se continuam em greve. Na manhã de ontem, cerca de 7.000 funcionários da Mercedes-Benz rejeitaram a nova proposta da empresa para os demitidos.
A empresa se propôs a rever, caso a caso, as demissões de funcionários encarados como "casos sociais mais graves". Para os que têm estabilidade no emprego, a Mercedes propôs acordo financeiro individual.
Para Luiz Adelar Scheuer, diretor de relações trabalhistas da empresa, a decisão dos trabalhadores de continuar a greve teve "razões emocionais".

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