São Paulo, terça-feira, 3 de outubro de 1995
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Fazenda de FHC; Desemprego; Fascículos; Maradona x Pelé; Show de Paulinho da Viola

Fazenda de FHC
``O jornalista Janio de Freitas, no artigo `Os sem-terra e os com-terra', publicado em 1/10, apresenta dados equivocados sobre a fazenda Córrego da Ponte, da qual o presidente Fernando Henrique Cardoso é sócio. A área da fazenda é de 1.110 hectares e não de 9.500 hectares. Desse total, cerca de 67,2%, e não 2,1%, estão ocupados com plantações de soja, milho e pastagens para 370 cabeças de gado."
Sergio Silva do Amaral, secretário de Comunicação Social da Presidência da República (Brasília, DF)

Resposta do jornalista Janio de Freitas - Os dados foram acompanhados da seguinte referência: ``Se forem corretas as dimensões divulgadas por `O Globo' (...)".

Desemprego
``A matéria `Ruth diz que filantropia se profissionalizou', publicada na edição de 28/9 da Folha, pág. 1-5, traz uma afirmação sobre desemprego no país que, colocada de forma isolada do contexto em que foi pronunciada, se mostra ineficaz para o esclarecimento das posições que a dra. Ruth Cardoso manifestou ao falar sobre demissões a pedido dos jornalistas. A expressão `o Brasil está longíssimo de ser um país com taxa alta de desemprego' foi utilizada pela dra. Ruth Cardoso após reflexões sobre o tema colocadas em resposta à pergunta sobre a questão social e as demissões no país. Em sua resposta, a dra. Ruth afirma: `Eu acho que tudo isso tem que ser medido em termos. Há uma coisa que é conjuntural e outra que é estrutural. Então é preciso ver e se fazer um pouco mais de comparações com essas informações, ver o que realmente está acontecendo. O desemprego é um problema global hoje, não é um problema nosso. Nós, o que temos, é um desemprego de vários tipos, que estão conjugados. Há uma falta de qualificação profissional para o mercado de trabalho que é crônica e um desemprego produzido (em função disso). Mas como nós temos um amplo mercado de trabalho, acho que se nós tivermos políticas claras, com a colaboração de todos os setores da sociedade, acho que vamos conseguir diminuir essa tendência, ainda que ela não esteja nos atingindo. O Brasil está longíssimo de ser um país com uma taxa alta de desemprego."
Ilara Viotti, assessora de imprensa do Conselho da Comunidade Solidária (São Paulo, SP)

Fascículos
``Parabéns pelo monumental, grandioso, fantástico `Erramos' deste domingo, sobre as falhas nas encadernações dos fascículos. Se governo, representantes de organizações de representação da sociedade civil, empresários e jornalistas seguissem esse exemplo de transparência e humildade, nossa democracia seria sem dúvida melhor. Queria dizer também que o texto ficou perfeito e a corajosa decisão de publicá-lo com esse espantoso destaque, em página inteira, ficou melhor ainda. Só faria um reparo: o comunicado é tão importante e digno que poderia ter sido publicado como matéria redacional. Como jornalista, não posso vê-lo como `publicidade'. Parabéns!"
Luiz Fernando Emediato (São Paulo, SP)

Maradona x Pelé
``A Folha publicou, no sábado, opinião do jogador Alemão de que Maradona foi superior a Pelé. Que Maradona é um megajogador é incontestável. Mas o que o Alemão sabe a respeito do Pelé? Era um imberbe no período em que esse `monstro sagrado' deslumbrou o mundo, mormente entre 57 e 70, quando conquistou todos os títulos possíveis, sendo eleito o atleta do século."
Junios Paes Leme (São Paulo, SP)

Show de Paulinho da Viola
``O jornalista Luís Antônio Giron publicou no dia 23/9 uma crítica com o título `Paulinho cita anônimos para platéia vazia', sobre a qual desejo fazer algumas considerações. Preocupado com a quantidade de telefonemas e fax recebidos de gente mostrando solidariedade e tristeza com o suposto fracasso do show `As Margens do Rio', montado por mim e dirigido por Fernando Faro na recém-inaugurada casa de espetáculos Tom Brasil, entre os dias 21 e 24/9, esclareço que na noite de estréia a casa não estava vazia, registrando um público pequeno, mas expressivo, de aproximadamente 300 pessoas, fato comum em muitas apresentações, levando-se em conta que o objetivo maior, no primeiro dia, é o de mostrar o trabalho para os críticos e convidados. Além disso, era possível notar a presença de figuras importantes como Martinho da Vila, Nara Roesler, responsável por uma conceituada galeria de arte de São Paulo, Newton Mesquita, Gilberto Salvador, Claudio Tozzi e Takashi Fukushima, renomados pintores, e o diretor da Pinacoteca do Estado, o escultor Emanuel Araujo. Informo, também, que o show foi um sucesso de público, com grande procura na sexta e lotação quase esgotada no domingo. No sábado, inúmeras pessoas voltaram da porta por não haver mais ingressos. Informação colhida junto à produção assegura a presença de quase 3.000 pessoas durante a temporada. Termino agradecendo o apoio recebido do público que me prestigiou e de alguns amigos, indignados com um possível comprometimento de imagem em consequência de uma idéia passada, talvez de forma involuntária, de que meu trabalho, depois de 31 anos, não é para ninguém."
Paulinho da Viola (Rio de Janeiro, RJ)

Resposta do jornalista Luís Antônio Giron - A crítica se refere ao show de quinta-feira, quando 300 pessoas compareceram, representando um terço da lotação da casa. Comparado aos shows anteriores, a tietagem não aconteceu e poucos vips compareceram. Não escrevi que o excelente show de Paulinho é para ninguém, mas para poucos.

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