São Paulo, quarta-feira, 4 de outubro de 1995 |
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Fazendeiros dão apoio a texto do governo
SHIRLEY EMERICK
As entidades rurais contrataram técnicos para fazer o lobby do setor no Congresso, explicando o impacto positivo das alterações. ``A agricultura tem interesse profundo na reforma tributária porque ela é o nosso trampolim para o Primeiro Mundo", disse o presidente da Sociedade Rural Brasileira, Roberto Rodrigues. Ele disse que a isenção de ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) para os produtos exportados, insumos e implementos usados na agricultura e bens de capital vai baratear em 15% o custo final do setor. Para Rodrigues, o projeto é tímido, mas vai permitir a recuperação dos produtores. Ontem, os líderes rurais se reuniram com os secretários estaduais da Agricultura para convencê-los a apoiar a reforma. O coordenador do fórum dos secretários, Dejandir Dalpasquale (SC), disse que a maioria dos secretários é favorável ao texto do governo. Segundo ele, ainda há resistências localizadas por causa da perda de receita de Estados produtores, como São Paulo. No projeto, a idéia do governo é mudar o perfil da cobrança dos tributo sobre os alimentos: os Estados deixarão de depender da produção para depender de seu consumo. Na semana passada, o presidente Fernando Henrique Cardoso conversou com os governadores sobre o projeto e disse que os R$ 1,6 bilhão de queda de arrecadação de ICMS prevista serão compensados com a transferência de 10% do IPI (Imposto sobre Produto Industrializado) para os Estados produtores de matéria prima. Texto Anterior: Governo usa títulos para pagar servidores Próximo Texto: Betinho ameaça abandonar programa Índice |
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