São Paulo, quarta-feira, 4 de outubro de 1995 |
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Nordeste insiste em ter ministro especial
GUILHERME EVELIN
O movimento, que conta com o apoio do vice-presidente Marco Maciel e dos nove governadores nordestinos, quer tirar do ministro José Serra (Planejamento) a coordenação dos projetos de desenvolvimento da região e vinculá-la diretamente a FHC. O presidente já foi sondado sobre o projeto em curso. E, segundo os parlamentares envolvidos na articulação, mostrou-se ``sensível" à reivindicação da bancada. Os senadores nordestinos queixam-se sobretudo de que a Secretaria de Políticas Regionais, subordinada a Serra e dirigida pelo paraibano Cícero Lucena (PMDB), encontra-se completamente esvaziada. ``A secretaria do Cícero se resume hoje a um birô (gabinete) e a uma secretária", diz o senador Beni Veras (PSDB-CE), um dos articuladores do movimento. Outra reclamação é que o governo federal abandonou os órgãos voltados para o desenvolvimento da região, como a Codevasf (Companhia de Desenvolvimento do Vale do São Francisco), o Dnocs (Departamento Nacional de Obras contra a Seca) e o BNB (Banco do Nordeste do Brasil). A idéia dos senadores é que o ministro especial fique encarregado da execução de um novo projeto de desenvolvimento para o Nordeste, que está sendo preparado no Senado. O documento deverá ser levado ao presidente na próxima semana, numa audiência no Planalto, cuja realização está sendo providenciada pelo vice Marco Maciel. Pelo projeto, o ministro para a região, além de coordenar os órgãos federais, ficaria encarregado também de uma espécie de agência de desenvolvimento, batizada inicialmente de Nordeste S/A. A missão dessa agência seria tentar atrair investimentos privados e externos para o Nordeste. ``É um novo modelo porque não vai exigir verba pública e pretende atrair capitais privados", afirma o senador José Agripino Maia (PFL-RN). Texto Anterior: Betinho ameaça abandonar programa Próximo Texto: Para o PFL, existe discriminação Índice |
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