São Paulo, quarta-feira, 4 de outubro de 1995
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Para o PFL, existe discriminação

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O PFL voltou a criticar o que considera tratamento ``discriminatório" dispensado pelo governo federal ao Nordeste.
Ontem, em reunião da bancada com Pedro Parente (secretário-executivo do Ministério da Fazenda), Osvaldo Coelho (PE) disse que a área econômica do governo é formada por ``múmias de gravata", referência aos tecnocratas.
Coelho, relator no Congresso do Plano Plurianual (PPA), projeto que prevê os investimentos do governo federal até 1999, criticou os cortes no orçamento da Codevasf (Companhia de Desenvolvimento do Vale do São Francisco) e do Dnocs (Departamento Nacional de Obras Contra as Secas).
O deputado reclamou que as verbas previstas pelo PPA a projetos de irrigação não respeitam a proposta de governo apresentadas por Fernando Henrique Cardoso na eleição.
Parente contestou a acusação de ser uma ``múmia de gravata". ``Trabalho duro e me orgulho de ser funcionário público", respondeu.
Na reunião programada para discutir o Fundo Social de Emergência, o deputado José Carlos Aleluia (BA) atacou supostos privilégios dados pelo governo federal a São Paulo.
Segundo ele, está em curso um ``programa nacional de intensivo de concentração de renda". Para Aleluia, as provas disso seriam o encaminhamento dado pelo Banco Central à intervenção no Banespa, o projeto de subsídios fiscais para a indústria automobilística no Sudeste e o calote do governo paulista na Eletrobrás.
``Não podemos ser aliados do governo, se ele não dá atenção ao Nordeste. Estamos começando a ficar indignados. Vai haver rebelião aqui no Congresso", afirmou.

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