São Paulo, quarta-feira, 4 de outubro de 1995
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Balanço mostra rombo no Banerj

FRANCISCO SANTOS
DA SUCURSAL DO RIO

O Banerj (Banco do Estado do Rio de Janeiro), que o governo do Rio pretende privatizar, fechou seu balanço de 1994 com um rombo de pelo menos R$ 1,03 bilhão.
Este é o valor do passivo do banco que não tem cobertura no seu patrimônio, em linguagem técnica, patrimônio líquido negativo. O Banerj está sob regime de administração temporária do Banco Central.
O primeiro passo para a privatização será contratar uma administração profissional para fazer o saneamento do banco ao longo de 1996.
O edital para contratação dessa consultoria está atrasado. Deveria ser divulgado hoje, mas o secretário estadual de Planejamento, Marco Aurélio Alencar, anunciou que ele só sai no próximo dia 10.
Alencar disse que a situação patrimonial do Banerj não impedirá sua privatização e que esta semana promoverá uma audiência pública com empresas interessadas em fazer o processo de saneamento do banco. O objetivo da reunião é discutir o que o governo do Rio pretende.
Ainda não está definido como o governo do Estado pretende capitalizar o Banerj para fazer sua privatização. Uma das saídas, insuficiente, é usar parte de um empréstimo de US$ 300 milhões que está sendo negociado com o BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento) para saneamento de empresas estatais do Rio.
O balanço do Banerj divulgado ontem ainda se refere à sua gestão no governo de Leonel Brizola (PDT), encerrado em 31 de dezembro de 94.

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