São Paulo, quarta-feira, 4 de outubro de 1995 |
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Lula inicia caravana e rechaça trégua
GEORGE ALONSO
Em Diamantina, Lula deu partida à sua 11ª ``Caravana da Cidadania", que ganhou o nome de ``Caravana do Jequitinhonha". Para Lula, se FHC quer uma trégua, ``ele precisa dizer quais são os objetivos, quantos assentamentos serão feitos e de quanto tempo ele precisa". Apesar de, por enquanto, rechaçar uma trégua nas invasões de terra, Lula afirmou que ``o PT tem interesse em resolver a questão da violência no campo e tem proposta de reforma agrária". ``Se o presidente da República se sente impotente para resolver esse problema e quer conversar com o PT, acho que o PT tem mais é que conversar", disse. Lula fez questão de ressaltar que foi o governo que procurou o PT, e não e o contrário. ``Não fomos nós que pedimos audiência. Foi o presidente que disse que gostaria de conversar com o PT. Como ele manifestou esse interesse, vamos conversar". Perguntando por que ele próprio não se sentou à mesa com FHC, respondeu: ``Não tinha por que ir ao presidente. Não fui antes porque não via interesse em ir. Agora, o PT tem uma nova Executiva". A ``Caravana do Jequitinhonha" vai percorrer de carro 13 cidades na região norte de Minas Gerais. Até maio de 1996, serão feitas outras caravanas pelo país. Ontem, Lula percorreu, além de Diamantina, as cidades de São Gonçalo do Rio Preto e Senador Modestino Gonçalves, onde visitou um assentamento de sem-terra. O PT usou um avião bimotor (prefixo PT-BKC) para levar Lula de Belo Horizonte a Diamantina. A Folha apurou que o avião é da construtora Lopes Campolino. O custo estimado para voar 300 km é de R$ 390. Texto Anterior: Movimento despacha líderes Próximo Texto: 98 sem-terra invadem Incra em Aracaju Índice |
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