São Paulo, quarta-feira, 4 de outubro de 1995 |
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Combate a comunismo é principal alvo da TFP
DENISE PEROTI
Com o apoio de dois bispos do setor conservador da Igreja Católica, co-fundadores da TFP -dom Antônio de Castro Mayer e dom Geraldo Proença Sigaud-, Oliveira apoiou o movimento militar de 1964. No fim da década de 60, a entidade passou por transformações internas que a conduziram a uma série de cisões. A TFP foi acusada de promover o treinamento militar de seus membros e chegou a ser objeto investigada pela Câmara dos Deputados em 1975. Em 1985, um ex-membro da TFP acusou a existência de uma associação secreta dentro da entidade, na qual as pessoas fariam votos de servidão a Oliveira. O presidente da TFP também foi acusado de impor aos membros da entidade o culto a sua mãe, morta em 1968. Depois das denúncias, Mayer e Sigaud se desligaram da entidade. Nas eleições de 1989, Oliveira apoiou o então candidato do PRN, Fernando Collor. Em 1993, o presidente da TFP disse que não apoiaria a monarquia, mas que seria esse o regime capaz de combater o divórcio, a reforma agrária e o comunismo. Oliveira estudou no Colégio São Luís e na Faculdade de Direito do Largo São Francisco, onde se tornou um dos líderes da Juventude Católica. Nas eleições de 1933, foi o candidato a deputado federal mais votado de São Paulo. Em 1937, tornou-se professor das faculdades de filosofia São Bento e Sedes Sapientiae, mais tarde integradas à Pontifícia Universidade Católica (PUC). Ele é autor de 14 livros, alguns traduzidos em vários idiomas, tratando de religião, filosofia e política. (Denise Peroti) Texto Anterior: Plínio Corrêa de Oliveira morre aos 86 Índice |
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