São Paulo, quarta-feira, 4 de outubro de 1995 |
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Cresce uso do cheque pré-datado
MÁRCIA DE CHIARA
No mês passado, a fatia dos pré-datados foi de 63,07% do total de cheques recebidos pelas lojas em todo o país. Em julho e agosto, a participação dos pré-datados ficou praticamente estável, ao redor de 60%. Os números são da Teledata, especializada em garantir o pagamento dos cheques recebidos pelo comércio e pela indústria. Em setembro, a empresa recebeu 2,4 milhões de consultas sobre cheques. Segundo Deolinda Victória, gerente de marketing, a tendência é o pré-datado voltar a responder por dois terços do total dos cheques garantidos, isto é, o mesmo patamar do último trimestre de 94. A retomada do pré-datado reflete, diz ela, a queima de estoques. ``As lojas estão na hora derradeira e não querem virar o ano com produto. Por isso, começaram a fazer de tudo para vender, inclusive voltaram a dar mais prazo." Também o afrouxamento das restrições ao crédito em agosto, que injetou mais dinheiro na economia, deu ao lojista fôlego para voltar a aceitar o pré-datado. Nos supermercados, por exemplo, o pré-datado foi uma das armas usadas pelas redes na guerra de promoções, diz Firmino Rodrigues Alves, presidente da Associação Paulista de Supermercados. Apesar de a fatia do pré-datado ter crescido, a emissão de cheques sem fundos caiu pelo segundo mês consecutivo. Em setembro, os cheques sem fundos responderam por 2,43% do total de cheques garantidos pela empresa no país. A queda foi de 13,21% em relação a agosto. Em São Paulo o calote diminuiu ainda mais em setembro. Os cheques sem fundos responderam por 2,36% dos garantidos, com queda de 16,61% sobre o mês anterior. Próximo Texto: Novo mico; Ciranda arriscada; Corrente quebrada; Em queda; Curva mantida; Sem alongar; Sem negócios; Seguro mexicano; Em retificação; Voto dos acionistas Índice |
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