São Paulo, quarta-feira, 4 de outubro de 1995
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México registra nova alta de juros e dólar

FLAVIO CASTELLOTTI
DA CIDADE DO MÉXICO

O dólar foi vendido ontem a 6,65 novos pesos na capital mexicana, registrando aumento de 2,3% em relação ao valor da semana passada. Trata-se da maior cotação dos últimos cinco meses.
A Bolsa de Valores, que na segunda-feira caiu 4,2%, continuou sua tendência à baixa, fechando com recuo de 0,65%, acumulando queda de 12,2% nas últimas duas semanas.
Por outro lado, o Banco do México promoveu aumento de 1,2 pontos percentuais na taxa de juros dos Cetes (títulos do Tesouro).
Os papéis com prazo de 28 dias (taxa líder) rendem, agora, 35,75% ao ano, 3,3% mais do que na semana passada.
O ministro da Fazenda, Guillermo Ortiz, reiterou ontem que o país conta com uma posição financeira sólida. Ele afirmou que a onda de nervosismo no mercado financeiro é temporária.
Já especialistas comentam a possibilidade de uma nova desvalorização da moeda mexicana. No mercado de futuros de Chicago (EUA), a relação peso/dólar é de 7,30, em contratos com vencimento em janeiro de 1996.
Fundos de pensão
O governo mexicano anunciou ontem que vai passar para instituições privadas a administração do SAR (``Sistema de Ahorro para el Retiro"), fundo de pensão e moradia, criado em maio de 1992.
O fundo contém US$ 6,5 bilhões, dos quais US$ 3 bilhões correspondem à conta de aposentadoria, que será privatizada, e US$ 3,5 bilhões correspondem à subconta de habitação.
Segundo Fernando Solís Soberon, atual responsável pelo manejo do SAR, o processo de privatização deve ser concluído antes de fevereiro de 1996.
Com essa medida, o governo pretende aumentar o nível de poupança interna do país, seguindo o modelo implementado no Chile em 1993.
Atualmente, o fundo é administrado pelo Banco do México (emissor), que só pode investir o dinheiro em papéis do governo.

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