São Paulo, quinta-feira, 5 de outubro de 1995 |
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Lupa no Sivam A tendência do Senado de anular o contrato entre o governo brasileiro e a empresa norte-americana Raytheon para a realização do projeto Sivam é mais do que bem-vinda. São tantas as suspeitas de irregularidades e dúvidas que pairam sobre o projeto, que é de fato necessário reavaliar o Sivam com muito, muito cuidado. Ninguém discute a importância de monitorar o espaço aéreo amazônico. Resta saber se é mesmo preciso, num país com tantas carências sociais, gastar a fabulosa quantia de R$ 1,4 bilhão para fazê-lo. Especialistas afirmam que existem alternativas muito mais baratas, que poderiam até ser feitas com tecnologia nacional, ainda que talvez um pouco menos eficientes do que o ambicioso projeto do Ministério da Aeronáutica. O estabelecimento de prioridades é um dos principais desafios da difícil arte de governar. Parece pouco coerente para um governo que se pretende social-democrata gastar R$ 1,4 bilhão num projeto talvez suntuoso demais enquanto áreas como a saúde e a educação vivem uma situação de caos. Texto Anterior: Tequila, de novo Próximo Texto: Pobres mulheres Índice |
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