São Paulo, quinta-feira, 5 de outubro de 1995
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Vista de castelo revela capital

DO ENVIADO ESPECIAL

Se a opção for o Castelo São Jorge -que deve ser visitado de qualquer maneira-, pode-se subir até lá a pé, pelas ladeiras que saem da rua Madalena, na Baixa, ou tomar um elétrico (bonde).
O São Jorge não é propriamente um castelo, é a ruína de um magnífico conjunto de muralhas construído como fortificação pelos visigodos no século 5º e ampliado pelos mouros no século 9º.
Aqui, o Tejo fica à esquerda e nele a imensa ponte pênsil 25 de Abril (antiga ponte Salazar) e o porto. Em frente e à direita, praticamente toda a cidade de Lisboa.
Uma subida mais rápida, mas não menos deliciosa, para quem está na região do Rossio, pode ser ao topo do elevador Santa Justa, que liga a Baixa ao largo do Carmo, próximo ao Chiado. O Santa Justa, construído em 1902 por Raul Mesnier de Ponsard, discípulo de Gustave Eiffel, é uma grande e excêntrica estrutura de metal, típica da Belle Époque.
São incontáveis os museus e monumentos dignos de ser visitados em Lisboa. Obrigatório, por exemplo, é o Mosteiro dos Jerônimos, em Belém (zona oeste de Lisboa), considerado por Fernando Pessoa "o mais notável monumento que a capital possui".
Construído a partir de 1502, é o exemplo mais refinado da arquitetura manuelina -o estilo das construções edificadas no tempo do rei Manuel 1º (1495-1521), caracterizado pela profusão de ornamentos em alto e baixo relevo, dando a impressão de uma "renda"! construída na pedra.
A principal atração dos Jerônimos é o claustro do mosteiro, considerado um dos mais belos do mundo, pela exuberância e equilíbrio de seus pórticos e arcadas.
No extremo oposto, tanto geográfica como historicamente, outra atração imperdível é a Fundação Gulbenkian. Maior e mais moderno centro cultural do país, foi legado pelo magnata armênio do petróleo Calouste Gulbenkian (1869-1955).

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