São Paulo, sexta-feira, 6 de outubro de 1995
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Déficit de vaga gera 'exportação' de mortos

DA AGÊNCIA FOLHA, EM SOROCABA

Pelo menos 15% dos mortos da cidade paulista de Ibiúna (52 mil habitantes) estão sendo enterrados em outros municípios por falta de terrenos nos dois cemitérios locais.
``Já levamos defunto até para São Paulo (distante 70 km)", disse um funcionário da única funerária da cidade.
Somente são enterrados em Ibiúna mortos cujas famílias já têm túmulos nos dois cemitérios.
Morrem por mês entre 25 e 30 pessoas em Ibiúna. Pelo menos cinco seriam levadas para cidades vizinhas, como São Roque e Piedade, ambas a cerca de 20 km.
``Quando morre alguém por aqui, vira o maior pânico por não ter onde enterrar", disse o vereador Elizeu Dias (PSDB), 33.
O assessor de Planejamento da prefeitura, Marcelo Zambardino, 31, negou que seja necessário o sepultamento fora da cidade.
Segundo ele, está em construção um cemitério com capacidade para 4.000 túmulos.

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