São Paulo, sexta-feira, 6 de outubro de 1995
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Procurador da República fica uma hora sob mira de revólver em SP

DA REPORTAGEM LOCAL

Dois assaltantes mantiveram por uma hora sob a mira de um revólver o procurador da República José Eduardo de Santana, 48, sua mulher e seus filhos, na casa da família, em São Paulo.
Depois de se alimentarem com frutas e bebidas, os ladrões fugiram no Voyage do procurador levando eletrodomésticos, jóias, comida e dinheiro.
O assalto ocorreu anteontem, no Butantã (zona oeste). O carro do procurador foi achado algumas horas depois no Jardim Arpoador (zona oeste). Estava sem estepe, triângulo, macaco e calotas.
O assalto começou às 11h30. Santana havia ido buscar um dos filhos na escola. Ele parou o carro em frente à casa. Não entrou na garagem porque, após o almoço, ia trabalhar.
Quando se preparava para fechar o portão, ouviu uma voz. ``Não sei o que me disse. Quando me voltei, vi um revólver apontado para meu peito."
Ordenaram que ele entrasse correndo. No interior da sala de jantar, reuniram a família. Eles cortaram o fio do telefone e perguntaram se o procurador estava esperando alguma visita.
Um dos ladrões os manteve sob a mira de um revólver enquanto o outro reuniu jóias e aparelhos eletrônicos. ``Com o revólver, pressionaram meus filhos, que entregaram algumas coisas escondidas na casa", disse o procurador.
Os ladrões xingavam e, um deles, teria dito: ``Não tente me enganar, que eu atiro, não será a primeira vez". Após reunirem o que iam roubar, eles abriram a geladeira e pegaram pêras, maçãs e goiabas. Abriram uma garrafa de uísque e beberam no gargalo.
Em seguida, levaram a família ao banheiro e retiraram a maçaneta. ``Três minutos depois de eles saírem de casa, consegui abrir a porta e avisar a polícia, telefonando do meu vizinho."
O procurador descreve os ladrões como dois negros, um deles com cerca de 1,70 metro de altura e, o outro, com 1,80 metro. Os dois tinham entre 20 e 25 anos. ``Penso em mudar de casa", disse.

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