São Paulo, sexta-feira, 6 de outubro de 1995
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Cemitério `despeja' os defuntos das sepulturas por falta de pagamento

VANDECK SANTIAGO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM SALVADOR

Mortos estão sendo ``despejados" dos túmulos do cemitério Jardim da Saudade, em Salvador (BA), por falta de pagamento do aluguel das sepulturas.
Levantamento da administração do cemitério constatou que, no mês passado, havia 28 inadimplentes.
Os parentes dos mortos são notificados por editais publicados na imprensa para que os ossos sejam retirados e colocados em outro local.
Caso os parentes não respondam à convocação, a administração faz a exumação e coloca os ossos num saco plástico depositado em um ossário no próprio cemitério. O túmulo vago é então ocupado por outro cadáver.
O preço do aluguel é de R$ 450, para uso das sepulturas por um período de três anos.
``Depois desse prazo, se não é feita a renovação, nós temos de tomar providências", disse o administrador Délio Passos, 67.
O cemitério Jardim da Saudade é o preferido da classe média de Salvador e abriga cerca de 15 mil mortos, 90% em lotes próprios e os demais em sepulturas alugadas.
Um lote de dois metros, para uso imediato e com capacidade para dois mortos (um sobre o outro), é vendido por R$ 3.225, financiados em até seis vezes.
O mesmo lote, comprado com antecedência (para ser ocupado algum tempo depois), custa R$ 2.806.

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