São Paulo, sexta-feira, 6 de outubro de 1995
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Ações de estatais lideram altas nas Bolsas

RODNEY VERGILI
DA REDAÇÃO

Os operadores das Bolsas de Valores viveram, ontem, um dia de euforia. Logo pela manhã, o mercado trabalhava na expectativa de confirmação de notícia de que o governo deve promover em breve uma reestruturação do sistema de tarifas públicas.
O secretário de Acompanhamento Econômico, Luiz Paulo Vellozo Lucas, disse que não há data para o reajuste nas tarifas telefônicas. Ele não negou que haja estudos para o realinhamento tarifário.
Na Bolsa paulista, as ações da Telebrás ON subiram 2,2%; Telebrás PN, 2,1% e as da Eletrobrás PNB, 2,5%, ficando entre as maiores oscilações do índice da Bovespa.
Os leilões das ações da Salgema e da CQR, na Bolsa do Rio de Janeiro, registraram ágios expressivos. No caso da CQR, o ágio (valor acima do mínimo) foi de 13.800%, recorde histórico nas privatizações brasileiras.
O índice da Bolsa paulista fechou com alta de 1,63%, seguido por valorização de 1,4% no indicador Senn (Rio).
O volume de negócios na Bolsa do Rio aumentou de R$ 19,9 milhões no dia anterior para R$ 156,20 milhões ontem, por causa dos leilões de ações da Salgema e da CQR.
As Bolsas de países emergentes (México e Argentina) também recuperaram o fôlego. A alta na Bolsa mexicana esteve relacionada ontem ao anúncio da emissão de bônus no valor de US$ 700 milhões.
No mercado de renda fixa, o Banco Central voltou a reduzir os juros. A projeção de rentabilidade do over para outubro caiu de 3,11% no dia anterior para 3,09% ontem.
O Banco Central interveio ontem no mercado cambial, realizando leilão de compra e evitando que as cotações caíssem abaixo do valor mínimo de R$ 0,958.

JUROS
Curto prazo
Os cinco maiores fundões renderam, em média, 0,066%. Segundo a Andima, a taxa do over ficou, em média, em 4,35% para dias úteis, significando rendimento de 3,09% no mês. No mercado de Certificados de Depósito Interbancário (CDIs), as taxas de juros ficaram, em média, a 4,30% para dias úteis, o que significou rentabilidade de 3,06% no mês.
As cadernetas que vencem hoje rendem 2,4621%. CDBs prefixados de 32 dias negociados ontem: entre 22% e 37% ao ano. CDBs pós-fixados para 123 dias entre 16% e 18% ao ano mais TR.

Empréstimos
Empréstimos por um dia (``hot money") contratados ontem: a taxa média foi de 5,58% ao mês, projetando rentabilidade de 3,99%. Para 32 dias (capital de giro): entre 38% e 86% ao ano.

No exterior
Prime rate: 8,75% ao ano. Libor: 5,75% ao ano.

AÇÕES
Bolsas
São Paulo: alta de 1,63%, fechando com 44.986 pontos e volume financeiro de R$ 213,30 milhões. Rio: valorização de 1,4%, encerrando a 19.735 pontos e movimentando R$ 156,20 milhões.

Bolsas no exterior
Em Nova York, o índice Dow Jones fechou com 4.762,71 pontos. Em Londres, o índice Financial Times fechou a 2.625,40 pontos. Em Tóquio, o índice Nikkei da Bolsa de Tóquio fechou a 18.220,41 pontos.

DÓLAR E OURO
Dólar comercial (exportações e importações): R$ 0,958 (compra) e R$ 0,959 (venda). Segundo o Banco Central, no dia anterior, o dólar comercial foi negociado, em média, por R$ 0,9575 (compra) e por R$ 0,9585 (venda). ``Black": R$ 0,947 (compra) e R$ 0,952 (venda). ``Black" cabo: R$ 0,950 (compra) e R$ 0,953 (venda). Dólar-turismo: R$ 0,930 (compra) e R$ 0,963 (venda), segundo o Banco do Brasil.
Ouro: baixa de 0,09%, fechando a R$ 11,68 o grama na BM&F.

Câmbio contratado
O saldo de fechamento de câmbio comercial (exportação menos importação) acumulado no mês até o dia 4 foi positivo em US$ 418,51 milhões. As entradas foram maiores que as saídas em US$ 320,91 milhões. O saldo total está positivo em US$ 739,42 milhões.
No exterior
Segundo a ``UPI", ontem, em Londres, a libra foi cotada a 1,5825 dólar. Em Frankfurt, o dólar foi cotado a 1,4263 marco alemão. Em Tóquio, o dólar foi cotado a 100,52 ienes.

FUTUROS
No mercado de DI (Depósito Interfinanceiro) da BM&F, a projeção de juros para outubro fechou a 3,04% no mês e para novembro a 2,87% no mês. No mercado futuro do índice Bovespa, a cotação para outubro ficou a 45.000 pontos. No mercado futuro de dólar, a moeda norte-americana para setembro fechou a R$ 0,964 e a R$ 0,973 para outubro.

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