São Paulo, sexta-feira, 6 de outubro de 1995
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SP negocia instalação de fábrica da Mercedes

ANTONIO CARLOS SEIDL
DA REPORTAGEM LOCAL

O governo do Estado de São Paulo ofereceu duas alternativas de cidades para a instalação da fábrica de carros populares da Mercedes-Benz no Brasil.
Em seu primeiro encontro com governos estaduais, o presidente da Mercedes-Benz do Brasil, Rudolf Eckrodt, manteve uma reunião ontem com o governador de São Paulo, Mário Covas (PSDB), e o secretário de Ciência, Tecnologia e Desenvolvimento Econômico, Emerson Kapaz.
Único a dar declarações após o encontro no Palácio dos Bandeirantes, Kapaz não quis revelar quais são as cidades porque, disse, apresentará outras opções à Mercedes-Benz, ``todas fora da região do ABC".
``Senti a disposição da Mercedes de fazer em São Paulo sua primeira fábrica de carros populares fora da Alemanha", afirmou.
Kapaz revelou que a Mercedes-Benz mostrou interesse em um local a 100 km da capital do Estado, com acesso a rodovias, ferrovias e hidrovias para distribuir a produção no Mercosul (Mercado Comum do Sul, que agrupa Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai).
A Mercedes-Benz anunciou, no mês passado, que vai investir US$ 400 milhões para fabricar carros populares no Brasil, com vistas ao mercado latino-americano.

Guerra fiscal
Após classificar a reunião de ``espetacular", Kapaz disse que São Paulo não entrará em ``guerra fiscal" com outros Estados pelo investimento da Mercedes-Benz.
``Incentivos fiscais são inconstitucionais. Por isso, São Paulo oferece infra-estrutura, facilidade de distribuição, mão-de-obra de alto nível, institutos científicos e tecnológicos e simplificação da burocracia fiscal", afirmou o secretário de Ciência e Tecnologia.
O Estado já negociara com a Volkswagen a instalação de uma fábrica de motores em São Carlos (244 km a noroeste de São Paulo).
A montadora vai investir nessa fábrica US$ 250 milhões -o mesmo que na fábrica de caminhões que está sendo instalada em Resende (RJ).
A fábrica da VW em São Carlos entrará em operação em 1996. Em sua primeira fase, vai produzir 1.200 motores diários e empregar 300 funcionários.

Colaborou o enviado especial a Brasília

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