São Paulo, domingo, 8 de outubro de 1995
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"Maioria é explorada"

CARLA ARANHA SCHTRUK
DA REPORTAGEM LOCAL

Elas trabalham em olarias (produção de cerâmica), confecção de sapatos, cortam cana, catam lixo e quebram paralelepípedos.
Essa é a realidade de quase todas as 3,5 milhões de crianças que trabalham no Brasil.
``É uma situação perversa, a maioria é explorada. Estão condenados a receber salário mínimo para o resto da vida", diz Ana Maria Wilhein, 37, superintendente da Fundação Abrinq (Associação Brasileira de Fabricantes de Brinquedos) Pelos Direitos da Criança.
F.N., 13, ainda está na quarta série do primeiro grau. Trabalha das 15h às 21h no comércio e ganha R$ 75, sem receber benefícios trabalhistas. ``Fico morto de sono de dia. Mas tenho de ajudar em casa", afirma.

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