São Paulo, domingo, 8 de outubro de 1995 |
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Pequeno espaço sacrifica playgrounds
RODRIGO AMARAL
A razão disso é que poucos projetos de edifícios residenciais levam em conta as reais necessidades das crianças. A falta de espaço, crônica em uma cidade como São Paulo, por exemplo, costuma sacrificar o tamanho do playground. ``Entre uma quadra poliesportiva e um playground, os pais costumam optar pela quadra", diz o arquiteto Roberto Negrete. É comum a argumentação de que as crianças também podem brincar nas quadras. O problema é que as chances delas se machucarem são grandes, especialmente nas de concreto. Além disso, as crianças menores ficam submetidas à tirania de adolescentes e até mesmo de adultos. Para o paisagista Benedito Abud, o prédio tem a função, hoje, de ``resolver os problemas de toda a família". Por isso, é preciso pensar bem o espaço infantil. Também não é rara a elaboração de projetos que levam mais em conta o bolso dos pais do que o divertimento dos filhos. ``É mais barato colocar meia dúzia de brinquedos comuns sobre uma laje de concreto do que fazer um playground interessante", diz a arquiteta Maria Cecília Gorski. Ela observa, por exemplo, que poucas vezes o projeto do playground se preocupa com as pessoas que vão cuidar das crianças. Maria Cecília sugere que seja destinado a elas um local arejado, confortável e agradável. Assim, irmãos e babás (os acompanhantes mais comuns) ficam menos inclinados a encerrar cedo o passeio. ``Se o acompanhante não tem um bom lugar para ficar, levar uma criança a um playground torna-se um castigo", afirma. Texto Anterior: Evento discute tecnologia Próximo Texto: Brinquedos mostram evolução Índice |
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