São Paulo, domingo, 8 de outubro de 1995
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Brinquedos artesanais conquistam mercado

ANA PAULA NACIF
DA REPORTAGEM LOCAL

Bonecas de pano, fantoches, carrinhos de madeira e peões ainda têm a preferência de muitas crianças, apesar dos jogos eletrônicos e dos brinquedos de alta tecnologia.
Essa briga para conquistar o mercado infantil impulsiona as vendas e a produção de brinquedos artesanais -concentrada nas mãos de micro e pequenos empresários.
Os brinquedos didáticos, por exemplo, são usados em escolas e em clínicas fonoaudiológicas, psicológicas e pediátricas -seu maior mercado consumidor.
Segundo Patrícia Martins, 35, dona da Algodão Doce (loja especializada em brinquedos educativos), ainda falta divulgação para esse tipo de mercadoria. ``Quem se dedica tem chance de crescer."
Sua loja fatura aproximadamente R$ 2.400 mensais. ``A maioria das crianças adora. Elas brincam, ao invés de ficar vendo o brinquedo funcionar", diz Patrícia.
Sueli Pavanelli, 44, diretora técnica da Sutaco (Superintendência do Trabalho Artesanal nas Comunidades), de São Paulo, diz que os pequenos comerciantes de brinquedos artesanais têm chance de faturar mais quando conseguem vender para vários compradores.
``As pessoas que participam de diferentes feiras são as que mais lucram com a atividade", afirma a diretora técnica da Sutaco.
Maria Augusta Brancaccio, 38, tem um ateliê em casa e produz fantoches de mão há quatro anos.
``Eles têm uma boa aceitação. Dá para vender para clínicas de psicologia e lojas especializadas", afirma. Maria Augusta vende cerca de 200 bonecos por mês.
O brinquedo artesanal, em geral, não requer grande investimento. Para fazer bonecos, carrinhos, cavalos de balanço e bichinhos são usados, basicamente, materiais como tecidos, aviamentos, madeira, espuma, tintas e papel colorido.

Balanço
O setor de brinquedos estima movimentar o montante de US$ 900 milhões só neste ano.
Segundo o presidente da Abrinq, o mercado de brinquedos está em expansão. ``Mas a indústria nacional não está crescendo devido à concorrência dos importados", afirma Costa.
Segundo ele, o mercado é altamente competitivo. ``Para investir é necessário ter um bom produto e capacidade financeira."

LEIA MAIS
sobre brinquedos nas págs. 8-2 e 8-10.

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