São Paulo, domingo, 8 de outubro de 1995
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Ludoterapia foi embrião de microempresa

ANA PAULA NACIF
DA REPORTAGEM LOCAL

Betty Lane Sonin, 38, formou-se em psicologia na FMU (Faculdade Metropolitanas Unidas), de São Paulo, em 1985.
No início da carreira, trabalhava com ludoterapia (terapia infantil através de brinquedos). Porém, há oito anos, vive da produção de brinquedos didáticos artesanais.
``Quando me dedicava à ludoterapia, sentia necessidade de um material mais específico. Então comecei a bolar meus brinquedos e fabricá-los", afirma.
Depois de abrir a microempresa Meladinho, chega a produzir cerca de 500 unidades por mês.
As peças são confeccionadas em madeira, material que, segundo a ex-psicóloga, é ``um pouco caro".
Além dela e do marido, mais duas pessoas ajudam na produção. A Meladinho fornece para várias lojas e tem um faturamento mensal de aproximadamente R$ 3.000.
Segundo a artesã, o começo da atividade exige capital de giro, ``porque os compradores pagam tudo com prazo".
``As vendas são melhores entre setembro e dezembro. Mas, como a produção não é muito grande, não preciso de muito dinheiro para segurar o negócio", afirma.
Os principais compradores da Meladinho são lojas de material didático ou educativo.
Entre os brinquedos estão os dominós de tabuadas, fantoches e jogos de encaixar e montar.
Patrícia Martins, 35, proprietária da loja Algodão Doce, conta que poucas pessoas conhecem esse tipo de brinquedo.
``Mas estamos tentando ampliar o mercado com divulgação em escolas", afirma. Os brinquedos mais vendidos são os destinados a crianças de zero a cinco anos.
Os materiais usados para fabricar as peças são, basicamente, madeira, tinta, lixadeira e serra.
``Como os brinquedos serão manuseados por crianças, é preciso usar tinta atóxica e ter cuidado para não deixar pontas que possam machucá-las", explica Betty.
(APN)

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