São Paulo, segunda-feira, 9 de outubro de 1995
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OPINIÃO SOBRE FINANCIAMENTO DE CAMPANHA

Germano Rigotto (PMDB-RS), líder do governo no Congresso: ``Vimos que a doação não é um problema. O que está errado é a utilização indevida do dinheiro. O caderno da Folha nos colocou diante da verdade dos fatos: é preciso moralizar a utilização das doações".

Michel Temer (PMDB-SP), líder do partido na Câmara: ``A reportagem da Folha mostrou como foi importante a luta para manter a transparência do nome dos doadores na legislação para as eleições municipais do próximo ano. A constituição de um fundo público para financiar as campanhas seria o mecanismo para impedir o abuso do poder econômico nas eleições".

Eduardo Suplicy (PT-SP), líder do partido no Senado: ``A reportagem mostra que há desvirtuamento na eleição dos suplentes de senadores que estão sendo usados como financiadores de campanha. Defendo a tese que os suplentes também devem ser eleitos pelo voto popular. Achei impressionantes os dados sobre a campanha para o Senado em São Paulo".

Esperidião Amin (PPB-SC), presidente do partido: ``Para reduzir os efeitos do poder econômico nas eleições é preciso criar um fundo, com dinheiro público, para financiar as campanhas políticas. Isso é mais barato para o Tesouro do que deixá-lo à mercê de tráfico de influência".

Paulo Maluf (PPB-SP), prefeito de São Paulo: ``A divulgação dos gastos é um fato bastante positivo, e o assunto deve ser tratado dessa forma, com bastante transparência, como acontece nos países mais desenvolvidos".

Gustavo Krause, ministro do Meio Ambiente, Recursos Hídricos e Amazônia Legal: ``Esse caderno da Folha é um benefício para a democracia".

Barbosa Lima Sobrinho, presidente da Associação Brasileira de Imprensa: ``Evidentemente há uma relação de suspeição entre a doação de R$ 1,1 milhão por empresas de telecomunicações à campanha eleitoral de Fernando Henrique Cardoso e a emenda do governo que quebrou o monopólio estatal das telecomunicações".

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