São Paulo, segunda-feira, 9 de outubro de 1995
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Duncan mostra pop romântico em show

MARCEL PLASSE
ESPECIAL PARA A FOLHA

Show: Zélia Duncan
Quando: hoje e amanhã
Onde: Tom Brasil (r. das Olimpíadas, 66, Vila Olímpia, tel. 011/820-2326)
Preços: de R$ 20 a R$ 40

A cantora Zélia Duncan, 30, apresenta-se hoje e amanhã na Tom Brasil, embalada por seu primeiro sucesso comercial e pela perspectiva de ganhar o primeiro disco de ouro de sua carreira.
Zélia Duncan tem 14 anos de carreira, dois dos quais dedicados a seu segundo e mais recente álbum. Mas foi só depois que a música ``Catedral" entrou na trilha sonora da novela ``A Próxima Vítima" que o público começou a notá-la.
``A televisão é um trator", ela diz. ``Dá a impressão de que eu não tinha feito nada antes".
``Catedral" é uma versão em português de ``Cathedral Song", de Tanita Tikaram, cantora americana de quem Zélia afirma ter todos os discos.
Quando a música começou a tocar no rádio, o tom grave de sua voz confundiu os ouvintes. ``As pessoas não sabiam se era um homem ou uma mulher que cantava", ela conta. ``É engraçado, porque me acho extremamente feminina cantando."
Cantoras
Ela encara com naturalidade a comparação com outras cantoras brasileiras que ganharam projeção nesta década. ``Teve uma época em que cada gravadora queria ter a sua cantora."
Mas seu sol em Rita Lee a aproxima mais do pop de Paula Toller e Fernanda Takai (do grupo Pato Fu) do que da lua MPB de Adriana Calcanhoto, Cássia Eller e Marisa Monte.
Os prêmios a que concorreu este ano demonstram a dificuldade em classificar a sua música. Zélia concorreu ao prêmio Sharp na categoria pop e ao prêmio da MTV na categoria MPB.
Suzanne Vega
O disco ``Zélia Duncan" faz o estilo pop acústico romântico. ``Suzanne Vega mudou minha cabeça", diz, referindo-se à cantora americana que fez sucesso com a música ``Luka" no final da década de 80.
Romantismo
Romântica é uma definição que ela assume, embora considere romântica, comercial e eclética ``palavras usadas com sentido pejorativo, hoje em dia."
Acaba concedendo que seu trabalho também é comercial -``No bom sentido". Mas não eclético, insiste, apesar de ir do reggae a uma canção gravada por Elizeth Cardoso em seu show.

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