São Paulo, segunda-feira, 9 de outubro de 1995
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Ódio não leva a lugar nenhum

PAULO COELHO
COLUNISTA DA FOLHA

Uma fervorosa budista esforçava-se para desenvolver seu amor ao próximo. Mas, sempre que ia ao mercado, um comerciante insistia em lhe fazer propostas indecorosas.
Certa manhã chuvosa, o homem apareceu para importuná-la mais uma vez. Descontrolada, ela pegou seu guarda-chuva e bateu no rosto do comerciante, ferindo-o.
Nesta mesma tarde, foi procurar um sacerdote e relatou o ocorrido. "Tenho vergonha, disse. "Não consegui controlar meu ódio.
"Você agiu errado em odiá-lo, respondeu o sacerdote. "Da próxima vez que ele lhe disser algo, encha seu coração de bondade. E torne a bater com seu guarda-chuva -porque ele só entende esta linguagem.

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