São Paulo, quinta-feira, 12 de outubro de 1995 |
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Encol contrata banco para enfrentar crise
LUCAS FIGUEIREDO
Contratado pela construtora, o Banco Pactual dá duas sugestões: abertura de capital, lançando ações em Bolsas, ou emissão de títulos de longo prazo no exterior. As duas opções teriam como objetivo captar recursos para reduzir o endividamento da empresa. Os débitos a curto prazo são, atualmente, o maior problema da construtora. A Encol tem dívidas com 32 bancos, sendo que 40% dos débitos (US$ 165 milhões) vencem em no máximo 90 dias. A decisão entre as opções será anunciada pela construtora na próxima semana. De qualquer forma, Pedro Paulo de Sousa, que detém 80% da Encol, continuaria tendo a maioria do controle da empresa. A construtora identifica como causas da crise os juros altos, endividamento de pessoas físicas e falta de crédito no mercado. Segundo a empresa, seus problemas chamam a atenção do mercado porque a construtora é uma das maiores do país. A crise na construção civil seria geral devido ao aperto do governo na economia. A Encol tem 737 obras em andamento em mais de 60 cidades do país e emprega 20 mil pessoas. A construtora possui 45 mil clientes. A operação montada pelo Pactual é tratada pela direção da Encol como única forma de salvá-la. A velocidade das 737 obras em andamento não é suficiente para atender o nível de endividamento da empresa somado aos juros altos, de acordo com a assessoria. Encol e Pactual haviam combinado manter o projeto sob sigilo, mas o vazamento da informação em nota publicada pelo jornal ``Correio Braziliense" precipitou sua divulgação. A Folha apurou que a direção da construtora irritou-se com o vazamento da notícia e teme que isso tenha efeito negativo sobre a operação salvamento. A empresa iria divulgar ontem uma nota oficial sobre o caso, mas acabou desistindo. Texto Anterior: Inadimplência leva Brasoft à concordata Próximo Texto: Superávit de setembro é de US$ 500 milhões, diz Malan Índice |
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