São Paulo, sexta-feira, 13 de outubro de 1995
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Mirândola fica sem carro e já pensa em ser prefeito

Andréia David, vítima da bomba, deixa o hospital

JOÃO CARLOS SILVA
DA FOLHA RIBEIRÃO, EM POÇOS DE CALDAS (MG)

O ex-oficial de chancelaria do Itamaraty Jorge Mirândola, 48, completou ontem uma ``maratona" de viagens por quatro Estados do Brasil.
Depois que foi colocado em liberdade pela Policia Federal de Brasília, na terça-feira, Mirândola iniciou uma viagem entre a noite de terça e a madrugada de anteontem. Percorreu 824 km em onze horas e meia para chegar a Pirassununga (207 km ao norte de São Paulo).
O ex-servidor, que foi considerado o principal suspeito de enviar um livro-bomba que feriu a diplomata Andréia Rideira David no dia 3, passou de ônibus pelo Distrito Federal, Goiás, Minas Gerais e São Paulo.
Finalmente, ele chegou na madrugada de anteontem na rodoviária de Ribeirão Preto (319 km a norte de São Paulo). Pegou outro ônibus para chegar em Porto Ferreira (230 km de São Paulo). Na rodoviária, usou um táxi e pegou uma carona para chegar em Pirassununga, onde passou o dia.
Ontem, percorreu mais 130 km para ir a Poços de Caldas (MG), a 270 km de São Paulo, onde pretendia buscar seu carro -uma Brasília amarela, ano 73. O veículo fora apreendido pela polícia da cidade quando Mirândola foi preso.
``Só tem um probleminha: esqueci minha carta de habilitação e o documento do carro", disse a um policial de Poços de Caldas pouco depois de ter chegado à delegacia. Meia hora depois de conversar com o delegado de Poços, Mirândola descobriu que teria de deixar a cidade sem o carro. Ele disse que considera a hipótese de concorrer à prefeitura de Divinolândia (280 km ao norte de São Paulo).

A vítima
A diplomata Andréia David deixou ontem o Hospital de Base de Brasília, onde se recuperava dos ferimentos que sofreu com a explosão da bomba no Itamaraty.

Colaborou a Sucursal de Brasília

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