São Paulo, sábado, 14 de outubro de 1995 |
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Senadora denuncia devastação a FHC Marina Silva critica madeireiras DA SUCURSAL DE BRASÍLIA A senadora Marina Silva (PT-AC) denunciou ontem ao presidente Fernando Henrique Cardoso a exploração ``irracional e predatória" de mogno no Acre e as ameaças de morte sofridas pelo padre italiano Paolino Baldassari, vigário de Sena Madureira, que há 40 anos luta contra a atuação das madeireiras.A senadora petista pediu apoio de FHC para conter a devastação das florestas feita pelas madeireiras na região amazônica, principalmente no Acre. O padre Paolino, 70, que estaria sofrendo ameaças de morte supostamente feitas por madeireiras, também foi recebido pelo presidente. ``Me sinto acreano, após 40 anos de trabalho no Estado. Minha primeira luta foi com os seringueiros", disse o padre ao presidente do Congresso, senador José Sarney (PMDB-AP), antes da audiência com FHC. Também participaram da audiência o bispo dom Moacyr Grechi, o frei Heitor Turrini, o prefeito de Sena Madureira, Agnaldo Chaves, e o prefeito de Rio Branco, Jorge Viana. O senador Nabor Júnior (PMDB-AC) acompanhou o grupo. A comitiva acreana entregou ao presidente uma carta, na qual denuncia ``a invasão no Acre dos madeireiros, que exploram toda a madeira de lei, de forma irracional e predatória", levando miséria e violência aos seringueiros, ribeirinhos, posseiros, agricultores e pescadores do Estado. Críticas O mesmo documento foi entregue ao presidente do Congresso, senador José Sarney (PMDB-AP), que recebeu o grupo liderado por Marina Silva. Sarney prometeu apoio à luta dos acreanos contra a destruição das florestas, lembrou que sancionou legislação proibindo a exportação do mogno, quando era presidente da República, e criticou os governos que o sucederam. ``O governo Collor revogou a lei. Acabaram com tudo", disse o senador. Segundo a senadora, no seu Estado ``está havendo uma ação criminosa de madeireiros inescrupulosos que já saíram do Pará porque também fizeram sua política de terra arrasada naquela região". Texto Anterior: Família quer indenização Próximo Texto: Diplomata afirma que passa por dias tristes Índice |
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