São Paulo, sábado, 14 de outubro de 1995 |
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Diplomata afirma que passa por dias tristes
PAULO SILVA PINTO
Andréia disse na quarta-feira ao delegado Mário Nakasa, ao prestar depoimento, que ele estava ``chegando tarde". O depoimento havia sido marcado para terça-feira. Ela também acha que sua secretária, Maria Rosa Rodrigues, deveria ter feito um retrato falado para a polícia, tentando descrever a pessoa que entregou a bomba. Maria Rosa foi ouvida pela polícia só três dias depois do atentado. Disse que estava com dor de cabeça no dia da explosão e não prestou atenção na pessoa. Andréia não percebeu, ao abrir o pacote, que não havia identificação do remetente. ``Foi uma bobagem", diz. Ela acha que o crime não foi pessoal e sim dirigido ao Itamaraty. A diplomata afirmou que não tem elementos para dizer se o autor do atentado foi o ex-oficial de chancelaria Jorge Mirândola, único suspeito da polícia. ``Eu já havia visto as cartas de Mirândola, dirigidas a outras divisões. Eu nunca o conheci nem tratei de sua situação profissional", disse a diplomata. ``Há várias cartas com ameaças no serviço público, não só no Itamaraty. O mundo está cheio de loucos." Ela não se lembra de ter visto o livro que segundo a PF estava nos destroços da bomba. Andréia afirma ter aberto um saco plástico transparente, dentro do qual havia uma caixa de cartolina parda. Ela abriu a caixa pela lateral sem tocar em um envelope que estava colado. ``Se tivesse mexido no envelope, a explosão teria sido pior." Texto Anterior: Senadora denuncia devastação a FHC Próximo Texto: PF diz que livro pode não ser do Itamaraty Índice |
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