São Paulo, sábado, 14 de outubro de 1995
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Estudante sequestrada é solta em SP

DA REPORTAGEM LOCAL; DA FOLHA VALE

O executivo da construtora Andrade Gutierrez Roberto Amaral, 58, disse que sua filha Juliana Amaral, 18, emagreceu cinco quilos durante os cinco dias em que permaneceu sequestrada. Segundo ele, o estado físico de sua filha é ótimo e o psicológico, péssimo.
A estudante foi sequestrada no sábado na praia de Maresias, em São Sebastião (215 km a leste de SP), e libertada anteontem à noite em um shopping de São Paulo.
Três homens invadiram a casa que a família havia alugado e levaram Juliana em um Gol roubado.
Amaral não confirmou o valor do resgate, limitando-se a dizer que foi entre R$ 89 mil e R$ 300 mil. Segundo familiares e policiais, teria sido de R$ 89 mil.
Segundo ele, ocorreram dois momentos difíceis durante o sequestro. O primeiro foi na segunda-feira, quando se avaliou que Juliana poderia estar morta.
O segundo momento de tensão foi quando os sequestradores indicaram um lugar errado para a primeira tentativa de pagamento do resgate, que acabou frustrada.
Após receber garantias de vida da filha, foi marcado um novo local para o pagamento do resgate, na rodovia dos Imigrantes -este, feito com sucesso anteontem.
Segundo Amaral, dois erros foram cometidos pela família. O primeiro foi ter permitido que a filha viajasse sem os seguranças que a acompanham havia dois anos.
O segundo foi sua filha ter se apresentado como a dona da casa de Maresias para os sequestradores. ``Acho que eles `levantaram' o local antes de invadir a casa."
O executivo disse que a polícia o assessorou o tempo inteiro e que só pediu que a polícia não acompanhasse o pagamento do resgate.
A notícia do sequestro assustou moradores e frequentadores de São Sebastião, como Edinho Engel, dono de restaurantes na cidade.
Ele criticou o policiamento precário no local. A Polícia Militar tem apenas 26 policiais na região, metade do efetivo que deveria ter.

Colaborou a Folha Vale.

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