São Paulo, domingo, 15 de outubro de 1995
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Prova gratuita no Rio tenta a popularização da modalidade

FERNANDO PAULINO NETO
DA SUCURSAL DO RIO

O hipismo dá um passo na tentativa de popularização com a realização, hoje, do Rio de Janeiro Grand Prix, com prêmios de US$ 50 mil em um estádio montado no aterro do Flamengo, às 14h.
Os organizadores esperam no local um público pouco habituado ao hipismo, que é restrito a clubes fechados. O ingresso será gratuito.
O fato de ser caro -há cavalos que valem até R$ 1 milhão disputando a prova de hoje- não é considerado empecilho para tentar levar a população a ver e gostar do esporte, segundo o principal cavaleiro brasileiro, Nelson Pessoa Filho, o Neco.
``A Fórmula 1 é um esporte caro e todo mundo gosta de ver", diz Neco, para quem o hipismo é ``perigoso e emocionante".
Além da popularização, a competição também é realizada de olho na disputa pela sede dos Jogos Olímpicos de 2004, da qual o Rio vai participar.
Para provar que a cidade tem condições de organizar uma prova internacional, foram investidos US$ 650 mil para montar o estádio, com capacidade para 10 mil pessoas. Prefeitura e patrocinadores estão pagando o evento.
Neco acha que seria bom se a Marina da Glória se transformasse em local permanente de competições de hipismo, mesmo que o estádio seja montado e desmontado.
``O lugar é lindo (tem vista para o mar e para o Pão de Açúcar) e a Hípica não tem mais espaço para as provas, misturando os cavalos com o público", diz ele.
A pista de areia mede 80 m por 60 m e terá 500 m cúbicos de areia de fundo de rio.
Os principais concorrentes internacionais, o austríaco Hugo Simon e o francês Herve Godignon, receberam pagamento para participar, mas não revelam quanto.
Álvaro Afonso de Miranda Neto montará um dos destaques: Arisco Aspen, que vale R$ 1 milhão e pertence ao ex-piloto de Fórmula 1 Nélson Piquet.

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