São Paulo, domingo, 15 de outubro de 1995 |
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Jogo premia quem tira mais dólares de O. J. The Independent JOHN CARLIN
No jogo em questão, cada jogador faz o papel de um dos seis advogados de defesa de Simpson. Para avançar pelo tabuleiro, joga-se um dado e anda-se o número correspondente de passos. O vencedor é o jogador-advogado que conseguir arrancar mais dinheiro de O. J. As cédulas de dólar usadas no jogo trazem retratos impressos não de George Washington, mas de O. J. Simpson. O jogo às vezes dura horas, porque o ``Fundo de Defesa O. J." é quase inesgotável. Mas há obstáculos imprevistos que garantem que, cedo ou tarde, os jogadores irão à falência e terão de cair fora do jogo. Isso pode acontecer, por exemplo, se os jogadores caírem muitas vezes no quadrado marcado ``desacato à autoridade do tribunal: pague multa de US$ 10 mil". ``Squeeze the Juice" já está fazendo enorme sucesso na Califórnia, onde 300 lojas de brinquedos o incluíram em suas estantes. Mas há outro jogo mais sofisticado a caminho, que sem dúvida irá concorrer com ele. ``The People vs. O. J. Simpson Trivia Game" (``Jogo de Minúcias o Povo Versus O. J. Simpson") é descrito por seu inventor, Bill Zucker, de Massachusetts (nordeste dos EUA), como ``uma experiência de aprendizagem e um teste de conhecimentos". Cada jogador é um detetive que se desloca por Los Angeles à procura de provas no caso do assassinato e tem de responder a perguntas do tipo ``Qual o hobby predileto do juiz Lance Ito?" (resposta: colecionar ampulhetas) e ``Como se chamava o cachorro de Nicole Simpson?" (resposta: Kato). Zucker diz que pretende doar parte dos lucros que obtiver a um abrigo para mulheres vítimas de violência, mas que também espera ficar rico. ``Estamos prevendo que este jogo se torne o presente mais vendido neste Natal", diz. Concorrentes a esse título talvez sejam o vídeo da, ansiosamente, esperada primeira entrevista para TV de O. J. Simpson e um possível livro em que Mark Fuhrman, o detetive racista da polícia de Los Angeles que provocou a derrota da promotoria, contaria sua versão da história. É evidente que Fuhrman está recebendo dinheiro de algum lugar -é bem possível que seja um adiantamento de uma editora-, já que foi visto nesta semana tirando férias nas Bermudas. Quinton Edness, autoridade do governo das Bermudas, disse à agência de notícias ``Reuter" que Fuhrman tem tanto direito a visitar a ilha quanto qualquer outra pessoa. ``Por que ele resolveu vir a um país onde 60% da população é negra, eu não sei. Talvez seja uma experiência de aprendizado." Tradução de Clara Allain Texto Anterior: Jerusalém é problema mais `espinhoso' Próximo Texto: Tintura ruiva está na moda Índice |
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