São Paulo, segunda-feira, 16 de outubro de 1995 |
Texto Anterior |
Índice
Empresa alemã volta a investir no Brasil
ANTONIO CARLOS SEIDL
A previsão é de Hans Georg von Heydebreck, presidente da seção alemã da Comissão Empresarial Brasil-Alemanha e membro do conselho administrativo da Ferrostaal, do grupo MAN, conglomerado alemão de veículos utilitários, máquinas e equipamentos. Heydebreck disse, em entrevista na sede mundial do grupo MAN, em Essen (noroeste da Alemanha), que as relações entre os dois países alcançaram neste ano um ``ponto extremamente positivo". Para ele, o Plano Real e a eleição do presidente Fernando Henrique Cardoso abriram uma perspectiva favorável aos investimentos estrangeiros no país. Segundo Heydebreck, as empresas alemães estão voltadas para o Brasil de olho em seu imenso mercado interno e nas oportunidades de negócios no Mercosul. Heydebreck afirmou que nunca houve tanto otimismo em relação ao Brasil na Alemanha. Ele condicionou, porém, a volta maciça dos investimentos à determinação do governo em acelerar as reformas constitucionais e a privatização. Para Hans-Peter Huss, presidente da subsidiária brasileira do grupo alemão Mannesmann, a Febral 95 pode marcar o recomeço dos investimentos alemães no Brasil. Ele informou que cerca de cem empresas pequenas e médias da Alemanha -que detêm tecnologia de ponta nas áreas de automação industrial e informática- participarão da Febral 95. Ulrich Middlemann, do conselho executivo do grupo Krupp, (faturamento de US$ 17 bilhões em 94) disse que, se o Brasil conseguir controlar a inflação, passará a ser um dos países ``mais interessantes" para investimento. O grupo Krupp, que é dono da Metalúrgica Campo Limpo do Brasil, planeja investir no setor de autopeças do país. Middlemann disse, em entrevista na sede mundial do conglomerado industrial alemão, em Essen, que o grupo Krupp quer participar, como um dos fornecedores principais, na fábrica de caminhões e ônibus da Volkswagen, no Rio. "O grupo Krupp vê oportunidades no Brasil nas áreas de fornecimento de autopeças, produtos sofisticados para a construção civil e para a indústria de eletroeletrônicos. Segundo Middlemann, o Krupp pensa em participar de fusões e aquisições no Brasil. O grupo gastou no ano passado cerca de US$ 900 milhões nessas atividades. Feira A Feira Brasil-Alemanha de Tecnologia para o Mercosul, Febral 95, é promovida pelo Ministério de Economia da República Federal da Alemanha em cooperação com a Comissão de Feiras da Economia Alemã. Com investimento de US$ 85 milhões, a feira reunirá 320 expositores da Alemanha e Brasil no Expo Center Norte, em São Paulo. É a primeira vez desde 1971 que o governo alemão patrocina uma feira de tecnologia no Brasil. O jornalista ANTONIO CARLOS SEIDL viajou à Alemanha a convite da Câmara de Comércio e Indústria Brasil-Alemanha de São Paulo Texto Anterior: Globalização chega também ao marketing Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |