São Paulo, terça-feira, 17 de outubro de 1995
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Produção volta ao nível de 80

DA REPORTAGEM LOCAL

A produção da indústria de máquinas este ano será equivalente a US$ 17 bilhões, estima a Abimaq. O crescimento, de 6,5% sobre 1994, leva o setor ao mesmo patamar de 1980.
Somadas as importações e descontadas as exportações, significa que a indústria nacional vai investir US$ 19,3 bilhões em equipamentos no ano. Para 1996, a previsão é de investir US$ 25 bilhões.
É o mínimo para o país voltar a ser competitivo no cenário internacional, mas é pouco, diz Sérgio Magalhães. A China investiu perto de US$ 100 bilhões em 1994.
Países industrializados -que em tese mais renovam equipamentos do que instalam novas máquinas-, como Japão, Estados Unidos e Alemanha, gastaram perto de US$ 50 bilhões. Itália e Espanha, cerca de US$ 30 bilhões.
Magalhães diz que o lado bom da abertura econômica é que as novas tecnologias chegam ao país e a indústria nacional pode acompanhá-las, apesar dos investimentos serem menores.
O lado negativo é que o país não se preparou para a concorrência externa, diz.
A Abimaq não tem um levantamento dos setores que mais estão investindo na modernização, mas Carlo Barbieri, da associação de tradings, aponta os setores de plástico, tecelagem e ferramentaria.
Embora tenham aumentado as encomendas de máquinas para este final de ano, os empresários não querem que elas cheguem agora ao país -e sim perto do fim do ano.
Segundo Barbieri, a intenção é não desembolsar agora o valor das máquinas. Para Joseph Tutundjian, vice-presidente da Cotia Trading, o crescimento das importações de máquinas vai se dar, principalmente, devido à necessidade de modernização da indústria.

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