São Paulo, sexta-feira, 20 de outubro de 1995 |
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Carne pressiona menos em 95
MAURO ZAFALON
José Vicente Ferraz, consultor da FNP Consultoria & Comércio, concorda, em parte, com o economista da Fipe. Ele acredita que os preços ainda podem subir em novembro, mas sem grandes pressões. O mercado de carne vive neste ano uma situação totalmente diferente da de 94, diz Ferraz. No ano passado, a arroba do boi gordo na entressafra -período de menor oferta de produto- foi negociada, em média, por preço 53% superior ao da época da safra. Neste ano, os preços da entressafra devem ficar 5% abaixo dos da safra. O índice da Fipe também mostra pressão menor dos preços da carne para o consumidor. Para uma inflação de 3,17% em outubro de 94, o reajuste médio da carne bovina foi de 22%. Em 95, para uma inflação de 1,25%, a alta da carne bovina é de apenas 0,19%. São várias as causas da inversão do comportamento dos preços da carne neste ano, segundo Ferraz. Em 94, houve explosão de consumo, seca, geada e exportações acentuadas no primeiro semestre. Além disso, o país não tinha aprendido muito bem o caminho das importações. Em 1995, as exportações caíram, o consumo diminuiu, o confinamento de gado aumentou 30% (devido aos bons preços do ano anterior) e a produção de frango está em alta contínua. Neste ano, o país aprendeu a importar carne, disse. Nos seis primeiros meses de 95, o preço médio da arroba de boi foi de US$ 27,38. De julho a novembro, período da entressafra, a média deve ficar em US$ 26,00, prevê Ferraz. (MZ) Texto Anterior: Inflação sobe para 1,25% em São Paulo Próximo Texto: Diminui ritmo de crescimento de vendas Índice |
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