São Paulo, sexta-feira, 20 de outubro de 1995
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Hopper sobrevive aos hippies

MARCELO REZENDE
DA REPORTAGEM LOCAL

"Sem Destino", de Dennis Hopper (HBO, 4h45), carrega a fatalidade de ter se tornado, desde o seu lançamento, uma espécie de símbolo de um novo tempo, mundo e cinema que pareciam surgir na contracultura americana dos anos 60.
Mostrando a trajetória de dois motoqueiros pelas estradas da América, o que o filme de Hopper parecia apontar era uma alternativa ao sistema de produção americano. Mostrava que o "grande cinema" feito em Hollywood já não dava conta dos interesses do público.
Provava ainda que essa nova produção poderia ser feita com baixíssimos orçamentos e pela criatividade avassaladora. Visto hoje, o que restou do filme?
A saída fácil seria apontá-lo como uma espécie de precursor de filmes como "Cães de Aluguel", de Quentin Tarantino.
Mas o que resta do filme é uma força em sua realização que acaba por provar que, mais do que um símbolo, "Sem Destino" é um caso único.

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