São Paulo, sábado, 21 de outubro de 1995
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OS GOVERNISTAS DISSIDENTES

Por que voto contra o governo

BLOCO PFL-PTB (13 votos, 5 contra)
Bonifácio de Andrada (PTB-MG)
"O direito à estabilidade faz parte dos direitos e garantias individuais da Constituição. Como tal, integra as cláusulas pétreas (imutáveis) da Constituição"

Vicente Cascione (PTB-SP)
"Na CCJ, não sou político. Sou jurista, e a proposta do governo é inconstitucional"

Jair Siqueira (PFL-MG)
"A estabilidade é um direito adquirido e vou votar a favor do parecer do deputado Prisco Viana nesta questão"

Régis de Oliveira (PFL-SP)
"Ninguém vai me obrigar a votar contra um direito sagrado, que é o direito adquirido"

Roberto Magalhães (PFL-PE)
"Não podemos dar a faca para que os governadores saiam cortando o pescoço de nossos aliados"

PMDB (11 votos, 6 contra)
Gilvan Freire (PB)
"Votei em Lula. Fui contra a aliança do PMDB com o governo e me posiciono politicamente contra o programa de FHC. O direito à estabilidade é um direito individual que não pode ser abolido"

Udson Bandeira (TO)
"Sou a favor da estabilidade plena. Se o governo não ceder na demissão por excesso de quadros, não posso ceder também. A estabilidade tem que ser preservada, pelo menos, para os atuais funcionários públicos"

Nícias Ribeiro (PA)
"Acho simplesmente um absurdo querer acabar com a estabilidade do funcionário público"'

José Luiz Clerot (PB)
"A estabilidade é um direito adquirido dos atuais funcionários públicos. Quem conferiu esse direito foram os constituintes de 1988"

Ivandro Cunha Lima (PB)
"A quebra da estabilidade não é constitucional. Só posso votar a favor do governo se houver um acordo para incluir uma ressalva que garanta o direito adquirido dos atuais funcionários"

João Natal (GO)
Seu gabinete informou que ele vai votar a favor do parecer do deputado Prisco Viana, mas não explicou o motivo. O deputado não foi encontrado pela Folha

PPB (8 votos, 7 contra)
Prisco Viana (BA)
"O fim da estabilidade é inconstitucional. A CCJ é uma comissão técnica. Ela não analisa os projetos pelo seu aspecto político, só verifica se eles estão de acordo com a Constituição"

Gerson Peres (PA)
"Apóio o governo, mas não posso concordar em dar a governadores e prefeitos irresponsáveis o direito de demitir funcionários como eles quiserem"

Jarbas Lima (RS)
"O parlamentar que quiser preservar sua dignidade e competência não pode votar com o governo. Quem mudar seu voto vai estar fazendo uma confissão de conivência com o governo"

Ibrahim Abi-Ackel (MG)
"A estabilidade é direito adquirido. As queixas de governadores e prefeitos com relação à folha de pagamento não decorrem da estabilidade, e sim de leis que permitem vantagens e benefícios"

Adylson Motta (RS)
"É direito adquirido. A própria Constituição dá todos os instrumentos para demitir maus funcionários"

Alcione Athayde (RJ)
"A reforma é fundamental, mas tem de respeitar o direito adquirido"

Valdenor Guedes (AP)
Vai votar a favor do parecer de Prisco Viana

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