São Paulo, domingo, 22 de outubro de 1995 |
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Defensor do Daime no governo tem filho na seita Advogado foi responsável por descriminalização da droga MAURICIO STYCER
O fato foi tornado público pela astróloga Alicia Castilla, no livro que acaba de lançar, "Santo Daime - Fanatismo e Lavagem Cerebral" (editora Imago). Em setembro de 1987, graças a um parecer assinado por Silva Sá, o Conselho Federal de Entorpecentes (Confen) decidiu retirar a ayahuasca da lista de substâncias proibidas de uso no país. Silva Sá hoje integra uma comissão do Confen encarregada de estudar novos mecanismos de controle do uso da ayahuasca entre os seguidores do Daime de forma a impedir o consumo do chá por menores de idade ou por pessoas que apresentam distúrbios mentais. Essa comissão foi criada em 31 de março de 1995, ao fim de uma reunião do Confen em que seus integrantes analisaram as denúncias da astróloga Alicia Castilla, enviadas ao órgão em meados de 1994. Alicia Castilla acusa o Daime de ter feito uma "lavagem cerebral" em sua filha, hoje com 18 anos, afastando-a dela. Os líderes do Daime negam a denúncia. Silva Sá diz que suas opiniões sobre o chá são anteriores ao envolvimento de seus filhos com a seita (veja texto abaixo). Vinculado ao Ministério da Justiça, o Confen tem poder de decisão sobre a política de drogas do país. O seu presidente, Luiz Matias Flach, disse anteontem desconhecer que filhos do conselheiro Silva Sá têm ligação com Daime. "É um fato novo que deve ser analisado. O Confen deve ter o maior distanciamento possível". Texto Anterior: 'Não vou ao cinema para ver candelabros parados' Próximo Texto: CRONOLOGIA Índice |
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