São Paulo, domingo, 22 de outubro de 1995
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CRONOLOGIA

13.03.85 - A Divisão de Fiscalização Médica do Ministério da Saúde decide colocar a ayahuasca no índex das substâncias proscritas do país, como maconha ou LSD.

04.02.86 - Com base em parecer dos psiquiatras Isac Karniol e Sérgio Seibel, o Conselho Federal de Entorpecentes (Confen) aprova a suspensão provisória da ayahuasca da lista de substâncias proibidas.

Março de 86 - O presidente do Confen, Técio Lins e Silva, encarrega o conselheiro Domingos Bernardo Gialluisi da Silva Sá de dar um novo parecer sobre o tema.

Setembro de 87 - Com base em parecer assinado por Silva Sá, já ex-integrante do Confen, o órgão torna definitiva a decisão anterior, descriminalizando a ayahuasca.

Março de 89 - Com base numa denúncia anônima, Laércio Pellegrino, então presidente do Confen, decide reexaminar a questão. Pellegrino encarrega o conselheiro Alberto Furtado Rahde de avaliar o caso. Entre outras acusações, a denúncia diz que os dirigentes do Daime misturam o chá com outras drogas, como LSD, e que Silva Sá é integrante da seita.

1990 - O advogado Silva Sá volta a ser conselheiro do Confen, agora sob a presidência de Ester Kosovski. A presidente encarrega Silva Sá de analisar tanto a denúncia anônima quanto o parecer do ex-conselheiro Rahde e dar um novo parecer sobre o assunto.
Final de 91/início de 92 - Para "atualização dos dados dos relatórios anteriores", Silva Sá visita oito centros de seitas de usuários da ayahuasca no Rio, Acre e Amazonas. Em seu relatório, Silva Sá informa que foi ao Acre em companhia da mulher e dos filhos, custeando a viagem de seu próprio bolso. Nessas visitas, seus filhos tomam o chá alucinógeno.

1994 - A astróloga Alicia Castilla envia dossiê ao Confen com denúncias sobre "lavagem cerebral" que sua filha teria sofrido.

Junho de 95 - O psiquiatra José Costa Sobrinho, encarregado de analisar o caso, conclui que a denúncia de Castilla deve ser enviada à Justiça e que o Confen deve criar uma comissão para estabelecer formas de controle do uso do chá entre os seguidores da seita, para impedir o consumo por menores e portadores de distúrbios mentais. O conselheiro Silva Sá é nomeado integrante da comissão.

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