São Paulo, segunda-feira, 23 de outubro de 1995
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Choque de aviões deixa nove mortos

JOSÉ MASCHIO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM LONDRINA

Um choque no ar entre duas aeronaves, um Cessna e um Campeiro, às 17h de ontem, causou a morte de pelo menos nove pessoas em Gramado (RS), 120 km ao norte de Porto Alegre.
Até as 23h de ontem, segundo a delegada-chefe da Polícia Civil de Gramado, Rachel Vasconcelos Dornelles, não havia a confirmação de outras vítimas fatais.
Uma menina de 14 anos, identificada apenas como Camila, seria a única sobrevivente do acidente.
Camila foi internada no Hospital São Miguel, de Gramado, e não corre risco de vida, de acordo com a direção do hospital.
A delegada disse que testemunhas que viram a colisão informaram que o Cessna bateu frontalmente com o Campeiro.
Uma das aeronaves caiu no lago de uma propriedade rural do município. A outra chocou-se contra o solo e foi totalmente destruída.
Segundo Dornelles, até as 23h a Polícia Civil ainda não tinha conseguido resgatar os corpos do avião destruído.
Haviam sido retirados apenas os corpos que estavam no lago onde caiu um dos aviões. Quatro corpos e a garota Camila foram encontrados pela equipe de resgate.
"Não dá nem para precisar quantos estavam no avião destruído, mas pelos menos nove pessoas morreram no acidente", afirmou a delegada.
Os mortos identificados até a noite de ontem pela polícia são: Luis Hoffmann (que seria o proprietário da aeronave), Marco Ataíde, Lúcio Parmegiani e Augusto Scheffer.
Dornelles disse que as duas aeronaves faziam vôos panorâmicos sobre as cidades turísticas de Gramado e Canelas. As vítimas seriam, ainda de acordo com a delegada, das cidades de Novo Hamburgo e Canelas.
O 5º Conar (Comando Aéreo da Região Sul) de Canoas (região metropolitana de Porto Alegre) enviou à noite uma equipe para fazer um levantamento dos mortos e analisar as causas da colisão.
A delegada disse que testemunhas do acidente afirmam que a causa pode ter sido o sol, que teria atrapalhado a visão de um dos pilotos, fazendo com que os dois aviões colidissem em pleno ar.

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