São Paulo, segunda-feira, 23 de outubro de 1995
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Consultor critica uso de carro

DA REPORTAGEM LOCAL

O engenheiro Eduardo Vasconcelos Alcântara, consultor em transporte e trânsito, disse que São Paulo precisa ser menos dependente do automóvel.
Para reduzir o número de carros em circulação e privilegiar o transporte coletivo, Alcântara propõe o que a desobstrução das vias.
Se houvesse a engenharia de tráfego, a velocidade média dos ônibus poderia subir dos atuais 10 km/h para 20 km/h.
Isso exigiria que a prefeitura "pensasse" as ruas tendo em vista aumentar a velocidade dos ônibus.
As medidas, segundo Alcântara, vão da proibição do estacionamento de veículos em algumas ruas e avenidas até a adoção de uma faixa exclusiva ou até duas -em alguns casos- para os ônibus. "As vias têm de ser desprivatizadas."
"Isso retiraria 30% dos carros de circulação", disse Alcântara. Isso traria ganho para quem continuar andando de carro.
Para manter esse ganho, a cidade precisa oferecer opções de transporte coletivo para a classe média.
A idéia é criar linhas de ônibus executivos com itinerários diferentes dos que são percorridos pelos ônibus comuns. "Quem vai decidir isso é o mercado."
Alcântara disse também que o tempo médio de caminhada até o ponto de ônibus deve ser reduzido dos atuais 12 minutos para até 5 minutos.
Esses dados são da pesquisa de origem e destino realizada pelo Metrô em 1987.
"O tempo médio de caminhada até o carro é de dois minutos", afirmou o engenheiro.
Segundo ele, é importante também que a cidade se organize de tal forma que a necessidade de deslocamentos diminua.

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