São Paulo, segunda-feira, 23 de outubro de 1995
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Setor de brindes teme mudança no IR

Fábricas podem dispensar pessoal

DA REPORTAGEM LOCAL

Quatro em cada cinco empresas do setor de brindes (agendas, chaveiros, porta-cheques, pastas etc.) poderão fechar as portas se for aprovada a proposta do governo de mudança no Imposto de Renda das empresas, avalia a Anfab (Associação dos Fabricantes de Brindes).
A mudança prevê que as despesas com brindes não mais poderão ser abatidas quando a empresa for apurar o lucro sobre o qual incidirá o IR. A legislação atual permite o abatimento.
Se a proposta for aprovada, é provável que muitas empresas deixem de comprar brindes para distribuir a seus clientes.
Sem encomendas, 80% das 3.500 empresas do setor poderão fechar as portas. Isso poderá trazer demissões entre os 48,5 mil empregados diretos e 25,2 mil indiretos, diz Milson Massuda, presidente da Anfab. Com faturamento anual de US$ 1,1 bilhão (previsão para 95), o setor é formado basicamente por micro e pequenas empresas.
O tributarista Plínio Marafon, da Braga & Marafon Consultores Associados, entende que o fim da dedutibilidade das despesas com brindes é um dos pontos desfavoráveis para as empresas previsto no projeto.
Marafon lembra que hoje o fisco já separa os bens que são dedutíveis dos não-dedutíveis.

Encomendas
Para Arnaldo Fuchs, gerente de marketing da Brindes Pombo, as encomendas apresentaram comportamento atípico em 95 em relação a anos anteriores.
Fuchs espera fechar o ano com encomendas iguais às de 94, mas faturamento 5% maior.
O diretor-presidente da Lazco, Carlos Lazzaro Jr., diz que as encomendas deste ano estão bem abaixo das de 94. "A queda é de 50%, no mínimo."

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