São Paulo, segunda-feira, 23 de outubro de 1995 |
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Mostra de cinema traz o melhor da juventude Filmes franceses elucidam os problemas da adolescência MARCELO REZENDE
Exibida na França, a série "Garotos e Garotas de Todas as Épocas" traz, ao lado de diretores conhecidos, como André Téchiné, rapazes e garotas que acabam de sair das escolas de cinema. E foi exatamente com Téchiné, na mostra de 1994, que o Brasil conheceu o mais famoso filme da série: "Rosas Selvages". O único até agora a entrar em cartaz por aqui. Mas, além de "Rosas", essa é a chance de conhecer "Os Penetras", de Emile Deleuze, "Retrato de uma Garota do Fim dos Anos 60", de Chantal Akerman, "Paz e Amor", de Laurence Ferreira Barbosa e ainda "Água Fria", "Cheios de Felicidade", "Irmãos", "U.S. Go Home" e, por fim, "Travolta e Eu", que completa a série. (Confira a programação na Ilustrada). Filmes que, apesar de suas diferenças, têm em comum o que os franceses chamam de "a complexidade da juventude e suas descobertas". Falam da primeira vez que alguém enfrenta os problemas de uma paixão, conhece as dificuldades da política ou se pergunta quem realmente é e o que faz no mundo. Para dar uma unidade a todos os filmes, seus produtores fizeram uma única exigência: em algum momento, não importando qual fosse a história, teria de haver uma cena de festa. É possível encontrar uma dupla de amigos que nos anos 70, entre danças e bebidas, quebra a janela da prefeitura da cidade e depois é confundida com terroristas em "Paz e Amor". Ou, em "Retrato de uma Garota do Fim dos Anos 60", acompanhar a história de uma menina de 15 anos que, em 68, resolve mudar de vida. A primeira coisa que faz é ir ao cinema. "Garotos e Garotas de Todas as Épocas" é exatamente isso: um mergulho nas inquietudes que nunca passam. Pouco importa a idade que se tenha. Texto Anterior: Cidadania é uma pergunta Próximo Texto: Lançamento de filme traz eventos sobre patinação a São Paulo Índice |
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