São Paulo, segunda-feira, 23 de outubro de 1995
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NOTAS

Durante três dias, 150 funcionários da ONU ensaiaram várias vezes a maneira ideal de fazer a foto com os 180 líderes que participariam das comemorações dos 50 anos da entidade para que nenhum deixasse de aparecer. Na hora H, ninguém obedeceu a marcação feita pelos funcionários. Os lugares foram decididos da maneira tradicional: baixinhos na frente, gigantes atrás.

No palanque onde os presidentes discursam (no máximo 5 minutos) há um sinal de trânsito em miniatura. Quando o relógio marca 4 minutos e 30 segundos de discurso, o sinal passa de verde para amarelo. Quando chega a 5 minutos, o orador recebe cartão vermelho. Se continuar, é advertido.

O líder da OLP, Iasser Arafat, não foi convidado para o jantar de gala, mas era só sorrisos na noite de sábado. O motivo: durante jantar beneficente promovido por palestinos que vivem nos EUA, Arafat arrecadou US$ 350 mil.

A frente da ONU virou uma feira livre com a chegada dos manifestantes. Carregando bandeiras, com roupas coloridas e rostos pintados, era possível encontrar gente de todos os lugares. Havia ativistas contra as explosões nucleares feitas pela França, contra a limpeza étnica no Sri Lanka, contra a permanência de Fidel Castro no poder em Cuba, a favor da permanência de Castro e, até, contra a existência da ONU.

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