São Paulo, segunda-feira, 23 de outubro de 1995 |
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Ataque fere diplomata do Irã na Argentina
DENISE CHRISPIM MARIN
Yardi levou um tiro quando estava dirigindo seu automóvel Mercedes-Benz, acompanhado por sua mulher e seus dois filhos. O disparo foi feito com uma pistola por uma pessoa que dirigia uma motocicleta. Até as 18h de ontem (hora do Brasil), a polícia ainda não o havia identificado. Segundo boletim divulgado às 13h de ontem pelo médico Hector Pezzella, da Clínica Sagrada Família, Yardi está na UTI (unidade de terapia intensiva) e se mantém lúcido, com "evolução aceitável". O atentado ocorreu justamente quando foram acentuadas as acusações contra o regime iraniano. Suspeita-se que diplomatas do país estariam vinculados às explosões da Embaixada de Israel, em 1992, e da sede da Amia (Associação Mutal Israelita Argentina), em 1994. Logo depois do atentado contra Yardi, o chefe da Polícia Federal, Adrián Pelacchi, passou as informações ao juiz Juan José Galeano, responsável pelo caso Amia. A direção da Daia (Delegação das Associações Israelitas Argentinas) condenou o ataque contra o diplomata e rechaçou oficialmente "toda forma de intolerância e de agressão entre seres humanos". O presidente argentino, Carlos Menem, que está em Nova York, foi informado do atentado e colocou seu médico particular à disposição do diplomata. O Ministério do Interior também se comprometeu a manter os funcionários da Embaixada do Irã protegidos por um policial federal. O escritório particular do presidente da Amia, Alberto Crupnicoff, foi invadido no sábado pela manhã. Os dois cofres não foram arrombados e nenhum documento foi roubado. Texto Anterior: Chile sofre onda de atentados Próximo Texto: Trégua chega ao noroeste da Bósnia Índice |
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