São Paulo, terça-feira, 24 de outubro de 1995 |
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Alíquota fica alta em 96, diz Paoli
ARTHUR PEREIRA FILHO
Segundo ele, a decisão do governo de rever o estabelecimento de cotas para os carros importados tornou inviável a redução das alíquotas para 30%, em abril. As cotas foram condenadas pela OMC (Organização Mundial do Comércio). "A Fiat volta a importar em janeiro", disse Paoli. Isso porque não há mais a expectativa de alíquota menor em abril. Mas o volume de importações será menor do que em 95. "A partir do ano que vem, as importações de carros, em geral, devem ficar restritas aos modelos mais caros", disse. Miguel Barone, vice-presidente de vendas da Volkswagen, disse que a condenação da política de cotas, pela OMC, deixou o governo brasileiro "sem grandes alternativas". Para Barone, será necessário fixar alíquota mais alta para o Imposto de Importação, a fim de evitar que volte o desequilíbrio na balança comercial. "O remédio será manter a alíquota de 62% até o final do ano", disse ele. A Volkswagen já leva em conta a alíquota maior no seu planejamento de importações para o ano que vem. A empresa, que importou 58 mil carros neste ano, vai trazer no máximo 12 mil em 96. "Vamos jogar de acordo com as regras", afirmou Barone. Emílio Julianelli, presidente da Abeiva (associação dos importadores de veículos), disse que a decisão de manter a alíquota em 62% representaria uma "violência" e um "desrespeito aos investimentos feitos pelos importadores no Brasil". Segundo Julianelli, a medida não depende apenas do Brasil. "O cronograma de redução de tarifa foi definido no âmbito do Mercosul", disse. (APF) Texto Anterior: Importador de carro quer imposto de 30% Próximo Texto: VW vai produzir o Golf em 98 Índice |
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